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POLITÍCA NACIONAL

Propostas aprovadas pelo Congresso permitirão redução na tarifa de energia, afirma diretora da Aneel

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POLITÍCA NACIONAL

Elaine Menke/Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Valores devidos aos consumidores de energia. Camila Bomfim, Diretora-Geral Substituta da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL
Camila Bomfim: privatização da Eletrobras deve significar redução nos reajustes

O consumidor deverá perceber, na conta de luz, os efeitos de duas propostas aprovadas recentemente pelo Congresso Nacional. A informação foi passada pela diretora-geral substituta da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Camila Bomfim, em audiência nesta quarta-feira (15) da Comissão de Minas e Energia da Câmara.

Segundo ela, haverá um alívio de 5,2% nos reajustes de tarifa a partir de um dos projetos, e 12% de redução média na tarifa por causa do outro. Ainda de acordo com Camila Bomfim, a privatização da Eletrobras deve significar uma redução de 2,3% nos reajustes tarifários.

A diminuição média de 12% na tarifa é referente ao projeto que determina a aplicação do piso do ICMS, em geral 17 ou 18%, sobre a energia elétrica (PLP 18/22).

Bomfim afirmou que o impacto da proposta é considerável, dada a alta fatia da tarifa proveniente de tributos.

“Na tarifa hoje paga pelo consumidor de energia elétrica, 30% são destinados para tributos federais e estaduais, então essa medida contribui bastante para a efetiva redução de custo. É uma medida estrutural, e a gente já vem alertando sobre essa necessidade de redução da incidência de tributos sobre a energia elétrica há muitos anos”, afirmou.

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Decisão do STF
Já a redução de 5,2% nos reajustes de tarifa se deve à proposta que especifica os procedimentos para a Aneel devolver ao consumidor, via tarifa de energia, os valores de PIS e Cofins pagos a mais pelas distribuidoras (PL 1280/22).

O projeto reflete decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que considerou inconstitucional incluir o ICMS na base de cálculo desses tributos.

De acordo com dados da Aneel, dos R$ 60,3 bilhões em créditos a devolver pela União às distribuidoras, R$ 47,6 bilhões ainda não foram restituídos aos consumidores.

Segundo Camila Bomfim, os principais fatores de pressão sobre as tarifas de energia dos últimos dois anos foram a pandemia de Covid-19, o aumento da taxa de câmbio, a inflação, a crise de suprimento de combustíveis e a crise hídrica de 2021, que foi a pior dos últimos 91 anos.

Ela parabenizou o Congresso pela iniciativa das modificações legislativas. “A devolução dos valores cobrados a mais já vinha sendo feita a partir da decisão do STF, mas a proposta que trata do assunto vai garantir segurança jurídica à Aneel”, afirmou a diretora da agência.

Elaine Menke/Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Valores devidos aos consumidores de energia. Dep. Filipe Barros PL - PR
Filipe Barros: “Consumidor pagou em dinheiro e vai receber o troco em bala”

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Críticas
O deputado Filipe Barros (PL-PR), que solicitou a audiência, criticou a forma de devolução dos valores. Segundo Barros, o consumidor pagou em dinheiro e, agora, “vai receber o troco em bala”.

“Na hora de obter lucro, os diretores não obtiveram em abatimento na conta deles de energia elétrica, eles obtiveram em dinheiro. E agora, na hora de fazer a restituição ao usuário, eles querem fazer em abatimento na conta. Não me parece razoável”, disse.

Segundo Camila Bomfim, as distribuidoras não têm esses recursos em caixa. Ainda segundo ela, pagar em espécie não seria a forma mais efetiva para garantir a devolução dos valores a todos os cidadãos, e a proposta aprovada pelo Congresso estabelece a devolução via tarifa.

Filipe Barros disse que vai trabalhar para que o presidente Jair Bolsonaro vete o trecho que estabelece a devolução via tarifa, para que os usuários possam receber os valores em dinheiro.

Reportagem – Paula Bittar
Edição – Roberto Seabra

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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