POLITÍCA NACIONAL
Propostas sobre licitações estão entre as prioridades para concessionárias de água e esgoto
POLITÍCA NACIONAL

Operadores privados do saneamento básico apresentaram à Câmara dos Deputados nesta terça-feira (5) uma lista de projetos prioritários para o setor em 2022. A lista inclui propostas em tramitação na Câmara e no Senado que tratam de licitações e concessões, incentivos fiscais, defesa do consumidor e sustentabilidade, entre outros temas.
Segundo a Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços de Água e Esgoto (Abicon/Sindicon), que produziu o documento, além de propostas para facilitar a implantação do novo marco regulatório do saneamento básico (leis 11.445/07 e 14.026/20), a agenda legislativa também traz proposições que, segundo as entidades, poderiam “adiar ou reverter o processo [de concessão de serviços públicos de saneamento no País] já em marcha”.
Em vigor desde 2020, o novo marco do saneamento traz um conjunto de normas gerais com a meta de garantir que 99% da população tenha acesso à água potável e 90% disponha de coleta e tratamento de esgoto até 2033.
Diretor-executivo da Abcon/Sindcon, Percy Soares Neto destacou como “desfavoráveis” na Câmara dos Deputados três projetos de lei em tramitação:
– PL 1414/21, que prorroga, em razão da pandemia do novo coronavírus, alguns dos prazos previstos no marco regulatório;
– PL 87/22, que proíbe de receber verbas federais para o saneamento estados e municípios que não direcionarem para o setor os recursos arrecadados com a concessão ou a privatização de companhias de água e esgoto; e o
– PL 3364/21, que prevê a possibilidade de redução das tarifas de serviços de água e esgoto quando for constatado que a concessionária não cumpriu obrigações contratuais.
Como “favorável”, o documento traz o PL 6559/13, que cria normas para a geração de energia com biogás originado do tratamento sanitário de resíduos e efluentes orgânicos.
Frentes parlamentares
O lançamento da agenda legislativa dos operadores privados do saneamento contou com a participação de deputados da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Saneamento Básico e da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Comércio Internacional e do Investimento.
Coordenador da primeira, o deputado Enrico Misasi (PV-SP) destacou que o novo marco regulatório do saneamento mudou a relação do Estado com o setor privado. “Ainda precisamos ultrapassar o paradigma obsoleto que diz que a única forma de prestar serviço público é pelas vias estatais. Precisamos é de serviços bem regulados”, disse Misasi.
“Quem tem um filho morrendo de diarreia, quem não tem esgoto e água potável em casa não quer saber quem presta os serviços, ele quer é eficiência, qualidade e preço acessível”, concluiu.
Secretário nacional de saneamento, Pedro Maranhão também considera que a legislação atual criou um ambiente favorável para parcerias entre os setores público e privado na área do saneamento. “O dinheiro [para as parcerias público-privadas] está à disposição e as empresas concessionárias só ganham quando demostram capacidade de investimento”, ressaltou.
Segundo Maranhão, no entanto, o Brasil ainda tem atualmente 100 milhões de pessoas sem esgoto, 35 milhões sem agua tratada e mais de três mil lixões.
Coordenador da Frente Parlamentar Mista do Comércio Internacional e do Investimento, o deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) disse que a nova legislação já gera ganhos econômicos, sociais e ambientais. “Nós já temos 12 concessões assinadas após o novo marco. São cerca de R$ 45 bilhões em investimentos contratados. A grande entrega é a dignidade dos que recebem esses serviços”, disse.
Reportagem – Murilo Souza
Edição – Ana Chalub


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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