MATO GROSSO
Filha de diarista morta segue internada: “pensa que a mãe está em outro quarto do hospital”
MATO GROSSO
A filha de seis anos da diarista Marcilene Lucia Pereira, de 39, uma das vítimas fatais do acidente que aconteceu nessa sexta-feira (8), na avenida Filinto Muller, em Várzea Grande, ainda não sabe sobre a morte da mãe. Elas estavam juntas no momento da colisão e foram arremessadas para fora do carro.
O acidente aconteceu quando o motorista de um Toyota Corolla, preso em flagrante por embriaguez ao volante, perdeu o controle da direção e atravessou a avenida.
Ele bateu de frente com um Toyota Etios, dirigido pelo motorista de aplicativo, Igor Rafael Alves dos Santos Silva, de 22 anos, que morreu na hora. No carro, também estavam Marcilene e a filha, que continua internada em observação.
A diarista havia acabado de deixar uma das três filhas na escola, no bairro São Mateus, em Várzea Grande, e chamou um motorista de aplicativo para deixar a caçula em outra escola antes de seguir para o trabalho. A corrida foi aceita por Igor.
Uma pessoa da família, que prefere não se identificar, contou que a diarista criava as três filhas sozinha e tinha costume de levá-las à aula. Para conseguir arcar com as despesas da família, Marcilene deixava passar oportunidades de trabalho.
“Ela era pai e mãe. Criou as suas filhas sem precisar de pai presente, foi pai, mãe, tudo. Ela era batalhadora, para não deixar faltar [dinheiro], aceitava todo trabalho”, conta.
As filhas agora ficarão sob os cuidados do restante da família, que tinham costume de conviver juntos. Um dia antes do acidente que tirou a vida de Marcilene, a parente havia se encontrado com a diarista.
“Estávamos reunidos em um dia e no outro recebemos essa triste notícia”, lamentou.
Na memória, ela guarda os momentos de alegria que dividiu com Marcilene, definida por ela como uma mulher batalhadora e de família.
“Ela era uma pessoa maravilhosa, guerreira. Mãe e pai de três meninas lindas e educadas. Sempre alegre, espalhava alegria onde ia. Você nunca a via triste ou zangada com alguém. Era pura e doce”, conta.
Família quer Justiça
O motorista do Corolla foi identificado como Jeferson Nunes Veiga. Ele se negou a passar pelo teste do bafômetro, mas foi preso em flagrante. Jeferson aguarda audiência de custódia que deve acontecer ainda neste sábado (9). A expectativa da família de Marcilene é de que a “Justiça seja feita”.
“Esperamos Justiça, não só a do homem, mas também a de Deus. Que ele pague pelo que fez. Não estamos pedindo nada mais ou nada menos do que ele merece”, desabafa.
Na tarde deste sábado (9), motoristas de aplicativo participaram de um cortejo que seguiu até o local onde o corpo de Igor estava sendo velado. A Polícia Civil está investigando o acidente.
FONTE/ REPOST: BRUNA BARBOSA – OLHAR DIRETO


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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