MATO GROSSO
Proprietários têm regularizado na Sema abertura de áreas em imóveis rurais
MATO GROSSO
Dados do monitoramento por satélite da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) apontam que o desmatamento legal, ou seja, com autorização do órgão ambiental e respeitando a legislação brasileira, chega a 38% considerando todos os municípios de Mato Grosso, somando 27.366 hectares.
O levantamento considera o período de 1º de janeiro e 28 de março de 2022 e aponta ainda que a legalidade alcança 48,6% de toda a mudança de vegetação identificada nos 20 municípios considerados os que mais desmatam. Barra do Bugres, por exemplo, é o município com maior índice de desmate legal, com 99% dos 1.573 hectares autorizado.
“É possível fazer o desmatamento de forma legal, com autorização da Sema, seguindo a legislação ambiental, que é uma das mais rígidas do mundo. A Secretaria fez muitas mudanças para que quem quer empreender de forma lícita possa conseguir a autorização de desmate que tem direito, de forma digital, facilitada, e com um tempo de análise menor. Também chamamos aqueles que fizeram de forma ilegal para se regularizarem, por meio da conciliação ambiental”, explica a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti.
Ao separar o desmatamento ilegal do permitido por lei das cidades que estão na lista das consideradas as que mais desmatam, têm um alto índice de legalidade: Santa Carmem (94% de desmate legal), Nova Maringá (87%), Tabaporã (85%), Nova Ubiratã (79%), Comodoro, Querência e Campos de Júlio (78%), Paranatinga (77%), Feliz Natal (65%) e Juara (49%).
Em 2019, o desmate legal estava em torno de 5% em Mato Grosso. O salto na legalidade é resultado dos investimentos e operações constantes de combate aos cries ambientais, do aprimoramento dos serviços de licenciamento – autorizações que se tornaram digitais e mais eficientes -, e a conscientização de que há a responsabilização efetiva daqueles que infringirem a lei ambiental.
A fiscalização remota e presencial do Estado, e campanhas de comunicação, estão focadas nos municípios onde o desmate é majoritariamente ilegal, em parceria com as forças de Segurança Pública, e uso de tecnologia de ponta que monitora em tempo real todo o estado.
“Neste cenário, não há como ainda permitir a ilegalidade, por isso, a tolerância é zero com o desmatamento ilegal, que sempre será penalizado com a retirada de equipamentos, aplicação de multas, embargo da área. A ilegalidade não compensa em Mato Grosso”, destaca.
Na Amazônia legal de Mato Grosso, cada propriedade deve preservar 80% do seu território com vegetação nativa, e nas áreas de Cerrado e de transição, 35%. O restante da área é passível de autorização para desmate. O percentual é maior em estados da Amazônia, conforme a Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa.
O levantamento foi elaborado pela Gerência de Planejamento de Fiscalização e Combate ao Desmatamento (GPFCD) da Sema, que cruzou dados dos alertas de desmatamento dos Satélites Planet de alta resolução (em hectares), com as autorizações de desmatamento e manejo florestal.
Veja o ranking completo dos 20 municípios que mais desmatam:
1 – Colniza, 8% legalizado
2 – Nova Ubiratã, 79% legalizado
3 – Comodoro, 78% legalizado
4 – Marcelândia, 8% legalizado
5 – Paranatinga, 77% legalizado
6 – Juara, 49% legalizado
7 – Querência, 78% legalizado
8 – Tabaporã, 85% legalizado
9 – Feliz Natal, 75% legalizado
10 – Porto dos Gaúchos, 15% legalizado
11 – Barra do Bugres, 99% legalizado
12 – Nova Bandeirantes, 28% legalizado
13 – Peixoto de Azevedo, 6% legalizado
14 – Apiacás, 19% legalizado
15 – Aripuanã, 7% legalizado
16 – Campos de Júlio, 78% legalizado
17 – União do Sul, 48% legalizado
18 – Santa Carmem, 94% legalizado
19 – Nova Maringá, 87% legalizado
20 – Juína, 40% legalizado


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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