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Conselho de Ética aprova arquivamento de processo contra Dra. Soraya Manato

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POLITÍCA NACIONAL

Elaine Menke/Câmara do Deputados
Deputados estão sentados num plenário. Ao fundo há um telão
Conselho de Ética reunido para analisar denúncias

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados decidiu pelo arquivamento do processo (REP 3/22) contra a deputada Dra. Soraya Manato (PTB-ES). Os integrantes do colegiado aprovaram, por 10 votos contra 2 e uma abstenção, o parecer do relator, deputado Marcelo Moraes (PL-RS).

No parecer, apresentado na semana passada, Moraes indicou que não havia justa causa para autorizar o prosseguimento do processo.

Dra. Soraya Manato foi acusada pelo PT de quebra de decoro parlamentar por publicar em mídia social, em fevereiro de 2021, declarações consideradas ofensivas contra o senador Humberto Costa (PT-PE).

A deputada voltou a criticar a análise, pelo Conselho de Ética, de assuntos que considera sem importância. “Infelizmente, com tantas comissões ao mesmo tempo ocorrendo, com ministros nestas comissões, poderíamos estar discutindo assuntos importantes para o Brasil. Mas estamos aqui votando uma coisa sem pé nem cabeça. Isso é um desrespeito para com a população brasileira.”

Outros processos
Outros dois pareceres preliminares relativos a outros processos foram lidos na reunião de quarta, mas não foram votados porque o deputado Célio Moura (PT-TO) pediu para analisar os casos por mais tempo.

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Em um dos itens, o deputado Diego Garcia (Republicanos-PR) recomendou o arquivamento do processo (REP 11/22) apresentado pelo PT em desfavor do deputado Carlos Jordy (PL-RJ). O partido acusa o parlamentar de comentar e curtir postagem em redes sociais ofensiva ao senador Humberto Costa.

Diego Garcia explicou que não somente o Parlamento é o local onde deve ocorrer o embate político, mas todo e qualquer lugar onde o deputado esteja e se manifeste em razão do mandato.

Presente à reunião, Carlos Jordy declarou que mantém o que disse e reclamou que o Conselho de Ética está sendo usado politicamente para censurar opositores do PT. Ele lembrou ainda que a Constituição protege parlamentares por suas opiniões, palavras e votos.

“Essa prerrogativa constitucional nos foi garantida para que pudéssemos representar o povo e muitas vezes, em momentos acalorados, como ocorre na política, pudéssemos nos manifestar dessa forma”, afirmou Jordy.

Situação em escola
Também o deputado Fernando Rodolfo (PL-PE) recomendou o arquivamento do processo (REP 16/22) movido pelo PT contra o deputado Heitor Freire (União-CE).

Freire é acusado de constranger a direção e o corpo docente de uma escola em Brasília para a retirada de trabalhos escolares de mural que tratavam de violência policial. Fernando Rodolfo observou, no entanto, que a função fiscalizadora está entre as atividades parlamentares.

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Heitor Freire disse que sua visita ocorreu dentro da normalidade e do respeito ao próximo, mas que discordou de um trabalho da mostra. “Adentrei, vi a mostra, educadamente, disse o que iria fazer. Disse, sim, que iria denunciar, o que fiz. E aí acabo recebendo essa representação.”

Direito regimental
Em resposta às reclamações contra as representações em análise no Conselho de Ética, o presidente do colegiado, deputado Paulo Azi (União-BA), explicou ser um direito regimental dos partidos políticos representarem contra os parlamentares.

A presidência do conselho, segundo Azi, não tem condições de fazer uma avaliação prévia da admissibilidade dos processos e observa regulamento próprio do colegiado. O pano de fundo de toda a discussão, na avaliação de Paulo Azi, é “até quando a liberdade de expressão fere ou não o decoro parlamentar”.

Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Natalia Doederlein

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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