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TRT determina efetivo mínimo para funcionamento do metrô

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O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) deferiu, nesta quinta-feira (23), por volta das 10h, uma liminar que determina o funcionamento das linhas em greve do metrô com 80% do serviço nos horários de pico (entre 6h e 10h e entre 16h e 20h) e com 60% nos demais horários.

Metroviários das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e o monotrilho linha 15-Prata deflagraram greve a partir de hoje, para reivindicar o pagamento da participação nos resultados dos últimos três anos da Metrô, além de soluções para problemas de falta de funcionários e de investimentos.

Em nota, o Metrô disse que não “há justificativa para que o Sindicato dos Metroviários declare greve reivindicando o que já vem sendo cumprido pela empresa”.

“A realidade não possibilita o pagamento de abono salarial neste momento, já que a empresa teve significativas quedas de arrecadação pela pandemia e não teve ainda o retorno total da demanda de passageiros, se comparada a 2019”, diz o texto.

Catracas

Por volta das 9h de hoje, o governo estadual comunicou que aceitaria a liberação das catracas, proposta pelos metroviários, mas as estações não foram reabertas. A assessoria de imprensa do Metrô disse à Agência Brasil, por volta de 12h30, que isso se devia a motivos de segurança, pois não houve retorno de 100% do efetivo de trabalhadores. A companhia, no entanto, não informou qual o percentual faltante no momento.

Os metroviários fazem, no início desta tarde, uma nova assembleia para decidir sobre a continuidade do movimento paredista.

A liminar desta quinta-feira (23) foi concedida após pedido de mandado de segurança pelo Metrô em que solicita a anulação de decisão anterior, que indeferiu o requerimento para que o tribunal fixasse quantitativo mínimo de funcionamento dos trens.

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Em caso de descumprimento, poderá ser aplicada multa ao sindicato dos trabalhadores no valor de R$ 500 mil por dia.

O magistrado expõe que “considerando as circunstâncias e urgência do caso, e diante da manifestação expressa da empresa pela recusa ao procedimento de liberação das catracas, entendo pela necessidade de estabelecer certos parâmetros para o regular exercício do movimento paredista”.

A decisão anterior da juíza-relatora do caso, Eliane Aparecida da Silva Pedroso, não fixava um quantitativo mínimo de funcionamento dos trens em caso de greve e acatava a liberação das catracas, método proposto pelo sindicato dos trabalhadores para não prejudicar a população.

Impactos

Diariamente, quase 3 milhões de pessoas circulam pelas linhas paralisadas. Durante a manhã, muitos passageiros foram surpreendidos na chegada às estações e outros tiveram dificuldades para completar o trajeto até o trabalho. Na Avenida Paulista, onde há integração das linhas 4-Amarela – que seguiu funcionando por ser operada por uma empresa concessionária –, e a 2-Verde, por volta das 9h30, as pessoas ainda estavam confusas sobre qual percurso seguir.

A analista em saúde Maiara Farias saiu de Suzano, na região metropolitana, e chegou à Estação Luz, onde conseguiu embarcar na Linha 4-Amarela, mas, ao chegar na região da Avenida Paulista, encontrou a Linha 2-Verde paralisada. “Estou esperando uma amiga para a gente pegar um Uber. Vou gastar um dinheiro extra”, relatou.

A cabeleireira Regina Reis vem da Vila Itaim, na zona leste da cidade. Como usa o trem, não foi prejudicada pela greve. Mas na descida da Linha 4-Amarela, na Estação Paulista, na Rua da Consolação, ela ficou confusa sobre qual direção seguir. Normalmente, ela usa a conexão para a Estação Consolação, da Linha 2-Verde. “Por isso que eu fiquei atrapalhada”.

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Dentro da estação da Linha 4-Amarela, os funcionários tentavam redirecionar o fluxo para a saída, o número de pessoas era maior do que o normal devido ao fechamento da conexão. Pelos alto-falantes era informado, de maneira intermitentemente, que as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e o monotrilho linha 15-Prata estavam paralisadas.

Maria Lúcia da Silva é servente em um hospital e já tinha avisado no trabalho que iria atrasar.

“Pego a Linha 3-Vermelha, vou até a Sé [no centro] e depois pego a [Estação] Vergueiro. Hoje está difícil. Tive que pegar um trem e agora vou andar a pé. Vou pegar qualquer ônibus pra descer lá na Estação Vergueiro”, relatou.

Transporte

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrava 432 quilômetros (km) de engarrafamento por volta das 11h30. A pior condição era na zona sul, com 110 km de filas.

A SPTrans informou, nesta manhã, que prolongou duas linhas e reforçou a frota de 13 já existentes que atendem o eixo das linhas de metrô na cidade, em virtude da paralisação dos metroviários.

O órgão da prefeitura apontou ainda que determinou às concessionárias do sistema municipal de transporte público coletivo para que mantenham a operação da frota em 100% ao longo do dia, inclusive entre os picos.

As concessionárias ViaMobilidade e da ViaQuatro, que operam as linhas de metrô 4-Amarela e 5-Lilás de metrô; e as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos, informaram que as operações seguem normalmente nesta quinta-feira.

*Colaborou o repórter Daniel Mello

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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