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Desembargadora Maria Erotides recepciona acadêmicos de Direito de faculdade de Sorriso
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O Projeto Nosso Judiciário é desenvolvido para ampliar o convívio e a aproximação entre a Justiça e a sociedade.
Às vésperas de completar 150 anos da instalação do Poder Judiciário de Mato Grosso, a desembargadora Maria Erotides relembrou a história da Corte e a trajetória de coragem e determinação enfrentada pelas magistradas para ascensão à presidência do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, hoje comandado pela desembargadora Clarice Claudino da Silva, a terceira mulher em 150 anos a presidir o Poder Judiciário.
“É uma alegria recebê-los aqui. A história do tribunal pode ser relembrada em fotografias, mas também em detalhes que nos chamam atenção, como o fato de que em 150 anos de Judiciário, apenas agora temos sua terceira mulher presidente, gestão que compartilho com muita honra ao lado da nossa presidente, a desembargadora Clarice Claudino. Mas a história do tribunal também se faz de juízes fortes, corajosos e independentes, de servidores honrados e íntegros, mas também é feita por um sistema formado por advogados íntegros. Em um país de tanta desigualdade social, o exercício do juízo é fundamental, ainda mais difícil, mas fundamental. A porta da integridade, da honradez e da justiça social é muito estreita, a outra não, ela é larga e bem mais fácil”, alertou a magistrada.
“O exercício da magistratura é um sacerdócio e aquele que pensa diferente, não está preparado para a entrega. O que mais uma pessoa, com seu direito violado, espera de um julgador, senão o exercício de um sacerdócio. Se ela não quisesse isso, ela não buscaria a justiça para o reconhecimento justo e independente de um direito que é seu”, frisou.

“Ainda hoje carrego as marcas do tempo em que trabalhei no Tribunal do Júri. Tenho as pernas inchadas e os tornozelos com varizes devido aos 25 anos que passei sentada, ouvindo narrativas sobre crimes e mortes de diversas naturezas. E quando acabavam os juris, tarde da noite, porque o exercício do pleno direito não tem hora para terminar, todos iam embora, menos eu e o condenado. E me perguntava, como posso deixar uma pessoa que passou o dia inteiro sendo acusada das piores coisas, ir embora sem ser ouvido? Então ficava ali, tentando acalmá-lo. Bobagem? Fazia parte da minha função jurisdicional? Não, mas fazia parte da minha vocação! A verdadeira justiça não pode nunca ser instrumento de opressão ou humilhação. O exercício da função do operador do direito é uma escolha de Deus para a nossa vida, e se pudesse nascer de novo, queria seguir a mesma carreira, porque com todos os erros e acertos que cometi, acredito que ajudei a construir um mundo muito melhor no qual acredito, e é o que desejo a vocês”, concluiu a vice-presidente do Tribunal de Justiça.
Os alunos também tiveram a oportunidade de conversar com o juiz auxiliar da vice-presidência, Paulo Márcio Soares de Carvalho, que discorreu sobre a árdua missão assumida pelo magistrado nas comarcas no interior do Estado.
“O juiz precisa ter vocação para fazer justiça. É preciso ter a consciência de que ao assumir uma comarca, principalmente no interior do Estado, o juiz assume também a função de modelo social para aquela comunidade, devendo vivenciar os problemas da sociedade, tratando a população olho no olho, e ter a empatia necessária para o julgamento justo e humanizado das circunstâncias.
O juiz auxiliar da vice-presidência Gerardo Humberto Alves da Silva Junior, que também participou da recepção, fez votos de sucesso aos futuros profissionais.
Ao final da passagem pelo Espaço Memória, os alunos também receberam das mãos da desembargadora exemplares do Glossário Jurídico – TJ Responde, onde estão reunidas definições simplificadas de conceitos jurídicos, que tornam a linguagem mais simples e acessível à população.

O aluno Wanderli de Sousa Pereira, do 4º semestre de Direito, elogiou a recepção dada à turma, e manifestou ter despertado o interesse pela carreira da magistratura durante a visita. “Presenciar como é conduzida uma sessão das câmaras foi bastante diferente do que já presenciei, mas nada se compara ao sentimento de conhecer a história do Judiciário contada pelo Espaço Memória. Estou bastante tocado e repensando a carreira de notário registrador, que gostaria de seguir”.

O Projeto Nosso Judiciário, tem o objetivo de aproximar a sociedade do Poder Judiciário, informando de maneira simples e acessível, sua estrutura e funcionamento. A iniciativa é conduzida pelo técnico judiciário, Neif Feguri, e já recebeu mais de 9 mil acadêmicos de direito, de 17 municípios.
#Paratodosverem. Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Primeira imagem: Foto dos alunos em visita ao Espaço Memória, posando para foto com a desembargadora Maria Erotides, ao centro. Segunda imagem: Desembargadora Maria Erotides em entrevista à TV.Jus. Terceira imagem: Coordenador do curso de Direito da Fasipe, Renato Negrão. Quinta imagem: Acadêmico Wanderli de Sousa durante entrevista à TV.
Naiara Martins
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br
Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT
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VÍDEO: Segundo a Guarda Municipal, enquanto passava mal, a vítima estacionou o carro, mas permaneceu com o pé no acelerador, que fez com que o veículo pegasse fogo.
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