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Diretor da Opas aponta lições da pandemia e providências para próximas emergências sanitárias

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Em audiência pública da Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (7), o diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Jarbas Barbosa, afirmou que é preciso fortalecer os sistemas de vigilância em saúde e criar novas estratégias de vacinação para aumentar a cobertura vacinal nas Américas.

Ele afirmou que o período mais grave da pandemia do coronavírus trouxe lições que estão provocando debates na comunidade internacional. A aprovação de um novo Regulamento Sanitário Internacional está na pauta da próxima Assembleia Mundial de Saúde, marcada para maio de 2024. Além disso, deve ser discutido um acordo que garanta acesso equitativo a medicamentos, vacinas e equipamentos, caso haja outra pandemia.

“Nós precisamos pensar em como fortalecer as capacidades em cada país, significando capacidade de laboratório, treinamento de pessoal, melhor coordenação, integração entre vigilância e serviços de saúde”, disse Jarbas Barbosa. “Em alguns países, você tinha leitos sobrando em um determinado subsistema e leitos faltando em outro, e a capacidade de dispor disso rapidamente foi realmente um déficit”, lembrou.

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Campanhas de vacinação
A audiência pública foi convocada para discutir o risco do surto de doenças no continente americano. Autora do requerimento que pediu o debate, a deputada Iza Arruda (MDB-PE) creditou parte do problema à queda nos resultados das campanhas de vacinação, em razão de de fake news.

“Nós temos hoje registros de 2,7 milhões de crianças que não receberam vacinas contra difteria, tétano, coqueluche. Em 2010, tínhamos relatos de que as Américas eram a segunda região de maior cobertura vacinal. E hoje é a segunda região com a pior cobertura vacinal”, lamentou a deputada.

O diretor da Organização Pan-Americana da Saúde disse que ainda não há uma avaliação do impacto da desinformação nos índices de vacinação. Mas citou uma pesquisa feita no Canadá que mostra 1,5% dos entrevistados contra as vacinas e entre 15 e 18% de pessoas em dúvida, que pedem mais informações antes de decidir se vão imunizar a família. Por isso, ele insistiu na comunicação como uma ferramenta poderosa a favor das vacinas, dando um exemplo da pandemia do coronavírus.

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“Surgiu um boato de que vacinas de Covid eram feitas de células embrionárias e aí muita gente não queria se vacinar por isso”, lembrou. “Então, é importante líderes religiosos, líderes comunitários, lideranças de uma maneira geral da sociedade serem convidados pelas autoridades sanitárias para explicar sobre o processo de fabricação das vacinas. E é importante que a gente traduza, em linguagem compreensível, os processos de produção e de certificação de qualidade de vacina”, disse Barbosa.

Durante a audiência pública, o deputado Jorge Solla (PT-BA) lembrou que, além da recuperação dos percentuais de cobertura vacinal, outro desafio é enfrentar a ampliação das desigualdades sociais tanto no Brasil quanto no resto do mundo, que impacta a saúde da população.

Reportagem – Cláudio Ferreira
Edição – Ana Chalub

Fonte: Câmara dos Deputados

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MATO GROSSO

Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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