POLITÍCA NACIONAL
Especialistas se dizem preocupados com o descarte incorreto de amianto
POLITÍCA NACIONAL
Participantes de audiência na Câmara sobre os riscos do amianto defenderam a aprovação de projeto de lei em análise pelos deputados (PL 3684/23), que trata da destinação de produtos que contém o contaminante. A preocupação dos convidados é com o descarte de entulhos que contêm amianto, produto já banido por ser cancerígeno.
A audiência foi promovida pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
Fernanda Giannasi, técnica da Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto, disse que as normas atuais exigem o descarte de produtos com amianto, como telhas e caixas d’água, em aterros para lixos perigosos, ou que eles sejam devolvidos ao fabricante. Mas ela informou que nem todas as regiões têm estes aterros.
Ela contou ter encontrado amianto em situações variadas, como exposições artísticas, no desabamento da Igreja Renascer em São Paulo em 2009 e em produtos das indústrias naval e automotiva. Ela também mostrou fotos de empresas que trabalhavam com amianto, fazendo uma desmobilização irregular de seu parque industrial.
Para Fernanda Giannasi, o projeto em análise na Câmara é importante porque vai revogar outras duas leis: a que trata do uso seguro do amianto (Lei 9.055/95) e a lei sobre o uso do produto no setor de cloro-soda (Lei 9.976/00). Em 2017, o Supremo Tribunal Federal baniu o uso do amianto, mas muitos recursos foram julgados somente neste ano e, por isso, partes da legislação continuam em vigor.
“Isso foi em 95, gente. O projeto de lei era de banimento do amianto. Foi para uma comissão especial e foi transformado na lei do uso seguro do amianto. E isso é muito grave para nós, para a nossa luta. Nós temos que realmente extirpar isso do ordenamento jurídico brasileiro”, aponta.
O deputado Nilto Tatto (PT-SP), autor do projeto, diz que não acredita em uma aprovação fácil na Câmara.
“Por isso que a audiência pública é fundamental: para a gente conscientizar para dentro, mas também para fora, e assim a gente ir criando força para fazer com que avance essa proposta e essa causa.”
Hermano de Castro, vice-presidente da Fiocruz, disse que cerca de 6 mil casos de câncer de pulmão são relacionados ao amianto. Ele explicou que este número certamente está subnotificado e que é necessário identificar o produto na sociedade, principalmente em escolas.
Para Valéria Ramos Pinto, tecnologista da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), é preciso atuar até mesmo com pessoas que, na internet, ensinam como descartar caixas d’água com amianto, quebrando o produto e sem proteção. Ela explicou que a prática é altamente nociva por causa das partículas que são liberadas e que entram pelas vias respiratórias.
Reportagem – Silvia Mugnatto
Edição – Ana Chalub
Fonte: Câmara dos Deputados


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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