POLITÍCA NACIONAL
Conselho de Comunicação Social do Congresso discute mudanças na composição
POLITÍCA NACIONAL
Integrantes do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional discutiram, nesta segunda-feira (4), a proposta de atualização da Lei 8.389/91, que instituiu o colegiado. A primeira versão do relatório de recomendações para a atualização foi apresentada em novembro de 2023 e, em seguida, os conselheiros tiveram vista coletiva. O prazo para sugestões de alterações ainda está aberto e, depois de aprovado, o texto deve ser apresentado ao Congresso para que seja analisado como um projeto de lei.
O colegiado é um órgão auxiliar do Congresso Nacional e tem como atribuição fazer estudos, pareceres, recomendações e outras solicitações sobre comunicação social no Brasil. O conselho está previsto na Constituição de 1988, mas só foi criado em 1991, e a instalação se deu mais de dez anos depois, em 2002. De acordo com o relatório, a lei apresenta várias lacunas, e o debate sobre a atualização se estende desde a década de 1990, sem sucesso.
A conselheira Maria José Braga, representante da categoria dos jornalistas, explicou que uma das mudanças sugeridas é na composição do conselho. Atualmente, o colegiado é composto por 13 membros titulares e 13 suplentes. Três deles são representantes de empresas da comunicação (rádio, televisão, imprensa escrita) e cinco representam os trabalhadores da comunicação (um engenheiro com notório saber na área e representantes dos jornalistas, dos radialistas, dos artistas e dos profissionais de cinema e vídeo). Os outros cinco integrantes representam a sociedade civil.
A proposta é ampliar a lista, acrescentando um representante das empresas/instituições públicas de radiodifusão, mais um das empresas e um dos empregados das áreas de telecomunicações e de publicidade. Com a ampliação de representantes das empresas e dos profissionais da área, os relatores também sugeriram ampliar o número de representantes da sociedade de cinco para sete, para manter a proporcionalidade.
Maria José Braga disse que a intenção é ampliar o conselho para contemplar segmentos da comunicação que não constam da lei aprovada no início da década de 1990. “Obviamente, para manter a paridade, já que esse conselho é tripartite, também propomos a ampliação da representação da sociedade civil, para que prevaleça proposição inicial de funcionamento do conselho, que é a sociedade civil sendo o fiel da balança quando há disputa”, afirmou a conselheira.
Outra proposta de alteração da lei é deixar claro que o conselho tem autonomia para se manifestar a pedido de pelo menos um de seus membros ou de entidades da sociedade civil, independentemente de solicitação do Congresso. Atualmente, há divergência de interpretação porque o texto em vigor diz que compete ao conselho “a realização de estudos, pareceres, recomendações e outras solicitações que lhe forem encaminhadas pelo Congresso Nacional”.
Educação midiática
A reunião desta segunda-feira foi presidida por Patricia Blanco, representante da sociedade civil e vice-presidente do conselho. Durante a reunião, ela lembrou que o colegiado fará, no dia 8 de abril, um seminário sobre o tema “Educação midiática”. O evento será realizado no auditório do Interlegis, das 10h às 17h.
De acordo com a vice-presidente, serão feitos ajustes na programação para incluir convidados sugeridos por conselheiros. A programação ainda será divulgada. “Precisamos que esse seminário repercuta, que tenha público, que a gente consiga realmente mobilizar não só os palestrantes, mas também a sociedade para que preste atenção a esse tema”, disse Patrícia Blanco.
Debate sobre streaming
O Conselho de Comunicação aprovou, ainda, a sugestão da conselheira Sonia Santana, representante dos profissionais de cinema e vídeo, para a realização de uma audiência pública sobre regulação de serviços de streaming em maio. De acordo com a conselheira, a intenção é ouvir o senador Eduardo Gomes (PL-TO). Ele é relator do PL 2331/22, que tramita no Senado e regulamenta os serviços de oferta de vídeo sob demanda (transmitido por streaming).
O projeto também obriga esses serviços a recolher a Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine).
Segundo a conselheira, há pontos que não estão claros no texto, principalmente sobre o valor da contribuição. “É importante acelerar o processo de regulação. O Brasil está muito atrasado nesse processo, estamos perdendo espaço sem essa regulação e, principalmente, deixando de movimentar o fundo setorial que usa o Condecine como base”, disse a conselheira.
Os conselheiros também aprovaram a proposta de fazer, na tarde do dia 6 de maio, uma comemoração do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. Na parte da manhã, a proposta é de que haja uma audiência pública sobre inteligência artificial.
Da Redação
Com informações da Agência Senado
Fonte: Câmara dos Deputados
GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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