POLITÍCA NACIONAL
Especialistas cobram fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial
POLITÍCA NACIONAL
Especialistas defenderam nesta terça-feira (25), durante debate na Câmara dos Deputados, o reforço da Rede de Atenção Psicossocial (Raps). Pediram, ainda, a fiscalização das comunidades terapêuticas que hoje recebem recursos públicos.
O coordenador-geral de Desinstitucionalização e Direitos Humanos do Ministério da Saúde, João Mendes de Lima Júnior, disse que medidas já adotadas pelo governo desde o ano passado elevaram os investimentos com Raps de R$ 1,6 bilhão para R$ 2,14 bilhões.
“Para 2024, estamos projetando alguma coisa próxima, mais ou menos R$ 400 milhões, porque não se faz a recomposição de uma vez só, com o Orçamento de um único ano”, afirmou o representante do Ministério da Saúde na reunião.
A audiência pública na Comissão de Legislação Participativa foi realizada a pedido do presidente do colegiado, Glauber Braga (Psol-RJ), e das deputadas Fernanda Melchionna (Psol-RS) e Sâmia Bomfim (Psol-SP) para avaliar a atuação da Raps.
A Raps integra o Sistema Único de Saúde (SUS) e oferece atendimento às pessoas em sofrimento psíquico, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas, explicaram os três parlamentares ao sugerir o debate.
Comunidades terapêuticas
O professor da Universidade de Brasília (UnB) Pedro da Costa e outros participantes da reunião criticaram iniciativas que preveem o repasse de verbas federais a comunidades terapêuticas que atuam com dependentes químicos.
Ele lamentou um recente credenciamento, pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), de 587 entidades para acolhimento, preferencialmente, de mães nutrizes (que amamentam) e pessoas do gênero feminino.
“Esse é um dos vários retrocessos que o MDS tem patrocinado. Não só o Estado continua a financiar esses novos velhos manicômios, como vai contra a reforma psiquiátrica, que pede o fim deles e das comunidades terapêuticas”, disse Costa.

Glauber Braga informou que agendará outro debate na Comissão de Legislação Participativa para tratar do assunto. “Esses questionamentos, firmes e respeitosos, devem ser feitos ao MDS, para que se manifeste sobre convênios e ações”, afirmou.
Participaram ainda da audiência pública desta terça-feira a presidente do Conselho Regional de Serviço Social do Distrito Federal, Karina Figueiredo; a presidente da Associação de Usuários dos Serviços de Saúde Mental (Asussam) de Minas Gerais, Laura Camey; a coordenadora da Comissão de Psicologia e Saúde do Conselho Regional de Psicologia do Ceará, Núbia Caetano; a representante da Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial (Renila) Renata Santos; a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Rachel Passos; e o representante da ONG Redes da Maré Messias da Silva.
Reportagem – Ralph Machado
Edição – Marcelo Oliveira
Fonte: Câmara dos Deputados


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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