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Colheita do trigo entra na fase final, deve atingir 10,4 milhões de toneladas, mas ainda há riscos

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As chuvas acima da média no Rio Grande do Sul estão causando impactos na produtividade das plantações de trigo do estado, mas não devem afetar a safra nacional.  A previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de que atinjamos 10,4 milhões de toneladas. Produção equivalente à da safra 2021/22, o Brasil de 10,5 milhões de toneladas de trigo.

Segundo a Conab, aproximadamente um terço da área semeada já foi colhido. O gerente regional Latam da Biotrigo Genética, Fernando Wagner, afirmou que o desenvolvimento acelerado da cultura no Sul, devido às altas temperaturas, está impactando a produtividade estimada, que deve se situar em torno de 3.000 quilos por hectare. Na temporada anterior, o Estado registrou uma produtividade média recorde de 3.900 quilos por hectare.

Santa Catarina também enfrenta desafios na produção, com uma expectativa de colheita de 410 mil toneladas, em comparação com a estimativa inicial semelhante à do ciclo anterior, que era de 470 mil toneladas. No entanto, as perdas nas produções do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina podem ser compensadas pela safra paranaense, que está prevista para alcançar 4,5 milhões de toneladas. De acordo com José Gilmar de Oliveira, analista de mercado da SafraSul Agronegócios, o trigo já colhido no Paraná apresenta um bom desempenho em termos de qualidade.

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As chuvas excessivas não são o único fator que contribui para esse declínio. O gerente regional Latam da Biotrigo Genética, Fernando Wagner, ressaltou que um ciclo de crescimento mais rápido da cultura no Sul, devido às temperaturas mais quentes, também impactou a produtividade. A Conab estima que a produtividade seja inferior, chegando a cerca de 3.000 kg por hectare.

No Paraná, que foi menos afetado pelas chuvas, a colheita foi antecipada. De acordo com o analista de mercado da SafraSul Agronegócios, José Gilmar de Oliveira, o trigo já colhido apresenta boa qualidade. No entanto, o trigo que ainda está no campo está sob a ameaça das chuvas. Espera-se uma safra de 4,5 milhões de toneladas no Paraná.

Já o Rio Grande do Sul, que registrou a maior produção de trigo na safra anterior, enfrenta as consequências das chuvas com maior intensidade. Segundo Tarcisio Minetto, gerente de relações institucionais e sindicais da Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (Ocergs), o excesso de chuva prejudicou o potencial produtivo. Atualmente, não há uma estimativa de volume devido às perdas causadas pelo fenômeno.

A expectativa para o trigo catarinense também diminuiu. Segundo o fundador da Corretora Serra Grãos, Norberto Risson dos Santos, a projeção mais otimista atual é de 410 mil toneladas, enquanto inicialmente se esperava um volume de 470 mil toneladas. Isso acarreta custos mais elevados para manter a qualidade do trigo, uma vez que a chuva afeta diretamente a qualidade do cereal.

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Por outro lado, São Paulo, nos últimos anos, tem visto um crescimento constante em sua safra de trigo. O presidente da Câmara Setorial do Trigo em São Paulo, Ruy Zanardi, observa que as previsões atingem cerca de 520 mil toneladas em 2023, com melhorias na qualidade. Cerca de 95% da safra paulista já foi colhida, com apenas uma pequena parte suscetível aos efeitos da chuva.

Enquanto isso, a região do Cerrado segue um caminho diferente. Mesmo com as chuvas e o clima quente antecipando o ciclo de desenvolvimento do trigo, a área plantada e o volume de produção em Minas Gerais, Goiás, Bahia e no Distrito Federal atingiram recordes.

O presidente da Associação dos Triticultores do Estado de Minas Gerais (Atriemg), Eduardo Abrahim, prevê uma safra de quase um milhão de toneladas de trigo para 2023, com qualidade excepcional, e sugere que uma área ainda maior seja alocada para a produção do cereal no próximo ano.

Fonte: Pensar Agro

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Aprosoja MT Apresenta Propostas ao Governo de MT para a Regulamentação da Lei da Moratória da Soja

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A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) entregou, nesta segunda-feira (23.12), suas contribuições ao Governo de Mato Grosso para a regulamentação da Lei nº 12.709/2024, em conformidade com o acordo recentemente firmado com o governador Mauro Mendes. A legislação, que busca eliminar barreiras comerciais impostas por empresas que adotam práticas antieconômicas, é um marco importante na defesa da livre iniciativa e no desenvolvimento socioeconômico equilibrado dos municípios de Mato Grosso, com ênfase na redução das desigualdades sociais.

As propostas apresentadas pela Aprosoja MT reforçam os objetivos estabelecidos no inciso I do artigo 2º da lei, destacando a importância de impedir tentativas de manter a Moratória da Soja por meio do artigo 4º. O governador já havia expressado sua preocupação com essa possibilidade e comprometeu-se a garantir que o decreto regulamentador seja claro e abrangente o suficiente para evitar subterfúgios, como a transformação da Moratória em políticas institucionais ou a modulação de restrições por áreas delimitadas, como polígonos ou talhões. A continuidade dessas práticas violaria os princípios constitucionais e as normas da ordem econômica do Brasil.

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Para a Aprosoja MT, essas diretrizes são fundamentais para proteger a soberania das leis nacionais e garantir que os produtores rurais de Mato Grosso não sejam prejudicados por práticas discriminatórias ou arbitrárias.

“O compromisso do governador em assegurar um decreto claro e efetivo renova a confiança dos produtores no fim deste conluio comercial que há tanto tempo prejudica o setor. As contribuições da Aprosoja preveem o respeito ao devido processo legal, ampla defesa e contraditório às empresas, permitindo o atendimento a mercados com demandas específicas sem penalizar o produtor brasileiro que segue rigorosamente as leis nacionais. Nosso objetivo é construir um ambiente econômico justo e sustentável para todos”, afirmou o presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber.

A Aprosoja MT reafirma seu compromisso com a restauração da segurança jurídica para milhares de famílias agricultoras que, após quase duas décadas de abusos econômicos por grandes corporações, agora têm a esperança de dias mais justos e melhores. A entidade acredita que o fim desse acordo trará benefícios para toda a sociedade mato-grossense, promovendo o desenvolvimento sustentável e a diminuição das desigualdades sociais.

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A Aprosoja MT também expressa seu agradecimento e parabeniza o governador Mauro Mendes pelo comprometimento e pela condução firme no combate à Moratória da Soja, além do tratamento justo a todos os cidadãos de Mato Grosso, o que fortalece a justiça e a competitividade do setor produtivo estadual.

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