AGRONEGÓCIO
Embrapa estuda efeitos do excesso de calor nas plantas. Nem a irrigação minimiza danos
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Uma pesquisa da Embrapa Semiárido está estudando os efeitos do calor intenso sobre as plantas. Segundo os cientistas a pesquisa mostrou que o calor intenso, como temos registrado no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, afeta as plantas de tal forma, que nem mesmo a irrigação minimiza seus efeitos.
Magna Moura, Saulo Aidar e Agnaldo Rodrigues, especializados na análise de espécies vegetais no Semiárido nordestino, destacam que os danos variam conforme a fase de crescimento das plantas.
Nas fruteiras, por exemplo, o calor extremo pode levar ao abortamento de botões florais, que se converteriam em frutos, ou até mesmo queimar frutos já em amadurecimento, um processo conhecido como escaldadura. Essa condição também pode reduzir as trocas de gases e prejudicar a produtividade das culturas.
Experiências revelaram que o uso de telas de sombreamento em plantações tem ajudado a minimizar os efeitos do calor. Um estudo realizado com macieiras demonstrou que a implementação dessa estrutura no pomar resultou em uma eficiência fotossintética maior em comparação com o ambiente totalmente exposto ao sol.
“Estes resultados destacam que, em certos momentos do ano, a radiação solar na região pode ser excessiva para a fotossíntese de algumas culturas agrícolas, afetando o desempenho fisiológico não apenas pela quantidade de energia luminosa, mas também pelo excesso de calor nos períodos próximos ao meio-dia”, explica Moura.
A análise da temperatura das folhas de videira, uma das principais culturas da região, durante um dia de calor extremo, revelou um aumento de aproximadamente 8 ºC entre as medições feitas no início da manhã e por volta das 13 horas. As medições mostraram discrepâncias de temperatura entre os lados com sombra e exposição direta ao sol, evidenciando a relevância da incidência solar. Para folhas de mangueira, outra cultura relevante da região, a diferença de temperatura entre sombra e sol foi de cerca de 9 °C, também às 13 horas.
Nas avaliações fisiológicas com a variedade de uva de mesa BRS Melodia, observou-se o fechamento dos estômatos em aproximadamente 35,5%, resultando numa redução de 47% na capacidade das plantas de realizar fotossíntese, medida entre 9h30 e 12 horas.
Apesar do fechamento dos estômatos, mudanças na temperatura e umidade do ar causaram um aumento leve na transpiração foliar, de cerca de 8%. Entretanto, esse aumento não foi suficiente para resfriar as folhas, cujas temperaturas subiram de 34,4 ºC para 40,7 ºC.
Moura destaca a importância de considerar que condições de estresse térmico e oxidativo podem ocorrer em várias épocas do ano, especialmente em regiões quentes como o Submédio do Vale do São Francisco, apesar das variações agrometeorológicas nesta primavera de 2023.
Os estudos na região revelam que, além do ajuste na irrigação, outras medidas podem ser adotadas, dependendo da cultura, para reduzir os efeitos das altas temperaturas nas plantas.
Aidar conclui que todos esses fatores tendem a diminuir o desempenho fisiológico e, consequentemente, a produtividade das plantas. “Melhorar o manejo nessas condições certamente trará ganhos de produtividade, redução de custos de produção e um rendimento final mais eficaz no sucesso comercial da produção.”
Fonte: Pensar Agro


AGRONEGÓCIO
Aprosoja MT Apresenta Propostas ao Governo de MT para a Regulamentação da Lei da Moratória da Soja
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) entregou, nesta segunda-feira (23.12), suas contribuições ao Governo de Mato Grosso para a regulamentação da Lei nº 12.709/2024, em conformidade com o acordo recentemente firmado com o governador Mauro Mendes. A legislação, que busca eliminar barreiras comerciais impostas por empresas que adotam práticas antieconômicas, é um marco importante na defesa da livre iniciativa e no desenvolvimento socioeconômico equilibrado dos municípios de Mato Grosso, com ênfase na redução das desigualdades sociais.
As propostas apresentadas pela Aprosoja MT reforçam os objetivos estabelecidos no inciso I do artigo 2º da lei, destacando a importância de impedir tentativas de manter a Moratória da Soja por meio do artigo 4º. O governador já havia expressado sua preocupação com essa possibilidade e comprometeu-se a garantir que o decreto regulamentador seja claro e abrangente o suficiente para evitar subterfúgios, como a transformação da Moratória em políticas institucionais ou a modulação de restrições por áreas delimitadas, como polígonos ou talhões. A continuidade dessas práticas violaria os princípios constitucionais e as normas da ordem econômica do Brasil.
Para a Aprosoja MT, essas diretrizes são fundamentais para proteger a soberania das leis nacionais e garantir que os produtores rurais de Mato Grosso não sejam prejudicados por práticas discriminatórias ou arbitrárias.
“O compromisso do governador em assegurar um decreto claro e efetivo renova a confiança dos produtores no fim deste conluio comercial que há tanto tempo prejudica o setor. As contribuições da Aprosoja preveem o respeito ao devido processo legal, ampla defesa e contraditório às empresas, permitindo o atendimento a mercados com demandas específicas sem penalizar o produtor brasileiro que segue rigorosamente as leis nacionais. Nosso objetivo é construir um ambiente econômico justo e sustentável para todos”, afirmou o presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber.
A Aprosoja MT reafirma seu compromisso com a restauração da segurança jurídica para milhares de famílias agricultoras que, após quase duas décadas de abusos econômicos por grandes corporações, agora têm a esperança de dias mais justos e melhores. A entidade acredita que o fim desse acordo trará benefícios para toda a sociedade mato-grossense, promovendo o desenvolvimento sustentável e a diminuição das desigualdades sociais.
A Aprosoja MT também expressa seu agradecimento e parabeniza o governador Mauro Mendes pelo comprometimento e pela condução firme no combate à Moratória da Soja, além do tratamento justo a todos os cidadãos de Mato Grosso, o que fortalece a justiça e a competitividade do setor produtivo estadual.
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