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Empresa Bom Futuro é a primeira a exportar soja rastreável, carbono mensurada e livre de desmatamento

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A empresa mato-grossense Bom Futuro entregou à trading americana ADM a primeira carga de soja produzida integralmente de forma rastreada e com pegada de carbono mensurada. O programa faz parte projeto PRO Carbono Commodities, liderado pela Bayer e com apoio também da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) .

A carga saiu de uma das 42 fazendas do grupo, no município de Matupá (MT) e faziam parte de um projeto piloto capitaneado, dentro da Bom Futuro, pelo acionista Eraí Maggi. Segundo ele, a ideia é ampliar o projeto PRO Carbono Commodities em mais de 600 mil hectares.

“Isso vai nos trazer mais produtividade, mais dedicação a cada metro quadrado, melhores práticas… É interessante para nós e para as futuras gerações”, disse ele ao AgFeed durante o evento que celebrou a conclusão dessa primeira fase do projeto.

Segundo Maggi, iniciativas como essa podem ajudar a mudar a imagem externa da produção agrícola brasileira. Mas, sobretudo, trazer novos ganhos ao produtor rural, seja através de prêmios pela produção responsável, seja pela maior eficiência e rentabilidade nas lavouras.

O empresário mostrou entusiasmo com os resultados da atual safra, mesmo em um momento em que os preços das commodities agrícolas estão pressionados, reduzindo (ou em alguns casos até zerando) a rentabilidade dos produtores rurais.

“As futuras gerações receberão um planeta bacana se todo mundo seguir essa forma que está sendo feita aqui em Matupá. Além disso, vamos ter um ganho financeiro, um ganho de cultura, dentro da nova geração globalizada, agregar valores no baixo carbono em relação a outros países, outras regiões e outras propriedades.

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O protocolo, desenvolvido pela Bayer, ADM contou ainda com outros 91 parceiros. Mapeou 159 mil hectares de dez produtores de cinco municípios mato-grossenses elegíveis – ou seja, em conformidade com os padrões internacionais de rastreabilidade.

Ao todo, o protocolo permitiu certificar 240 mil toneladas de soja produzidas nos biomas Cerrado e Amazônia com uma pegada média de 0,861 tonelada de carbono por tonelada de grão colhido. O cálculo usou como base o GHG Protocol e a Análise de Ciclo de Vida da soja e demais insumos e serviços relacionados a sua produção para garantir, também, uma origem livre de desmatamento, sobreposição com unidades de conservação, terras indígenas e conformidade com a legislação trabalhista.

A mensuração da pegada de carbono é feita de forma automática a partir de uma calculadora semelhante a utilizada pelo Renovabio. Quando considerados apenas os talhões em que foram implementadas melhorias nas práticas de manejo, a calculadora apresentou uma queda adicional de 24% na pegada de carbono da soja analisada, para 0,66 tonelada de carbono por tonelada de grão produzido.

EXEMPLO – Para o presidente do Instituto do Agronegócio (IA), Isan Rezende, a iniciativa da Bom Futuro é um exemplo concreto de como o agronegócio pode contribuir para a sustentabilidade e a redução das emissões de carbono. “O programa PRO Carbono Commodities, liderado pela Bayer e com apoio da Embrapa, desempenha um papel fundamental ao incentivar práticas agrícolas mais sustentáveis e promover a mensuração e a redução das emissões de carbono ao longo da cadeia produtiva”, disse Isan.

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“A produção de soja com rastreabilidade e mensuração da pegada de carbono é um marco importante para o setor agrícola, pois permite aos consumidores terem acesso a informações transparentes sobre o processo de produção e a contribuição para a redução dos impactos ambientais. Isso fortalece a confiança e o reconhecimento dos produtos agrícolas brasileiros nos mercados internacionais, que cada vez mais valorizam a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental”.

“Acredito que iniciativas como essa são essenciais para impulsionar o agronegócio brasileiro rumo a um modelo mais sustentável e resiliente. Ao adotar práticas de produção com baixa emissão de carbono e maior rastreabilidade, os produtores rurais contribuem para a preservação ambiental e se tornam parceiros ativos na luta contra as mudanças climáticas”, disse o dirigente do IA.

“Aproveitando, gostaria de destacar a atuação do empresário Eraí Maggi como incentivador desse projeto e defensor de práticas sustentáveis no agronegócio”, comentou Isan. Segundo ele, Maggi tem se destacado como um líder visionário no setor, promovendo ações e iniciativas que visam conciliar o crescimento econômico com a preservação ambiental. “Esse exemplo do Eraí Maggi inspira outros empresários do agronegócio a seguirem uma trajetória similar, reconhecendo a importância de promover a sustentabilidade em suas operações e contribuir para a construção de um setor agrícola mais consciente e alinhado com os desafios ambientais globais”, completou Isan Rezende.

Fonte: Pensar Agro

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Aprosoja MT Apresenta Propostas ao Governo de MT para a Regulamentação da Lei da Moratória da Soja

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A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) entregou, nesta segunda-feira (23.12), suas contribuições ao Governo de Mato Grosso para a regulamentação da Lei nº 12.709/2024, em conformidade com o acordo recentemente firmado com o governador Mauro Mendes. A legislação, que busca eliminar barreiras comerciais impostas por empresas que adotam práticas antieconômicas, é um marco importante na defesa da livre iniciativa e no desenvolvimento socioeconômico equilibrado dos municípios de Mato Grosso, com ênfase na redução das desigualdades sociais.

As propostas apresentadas pela Aprosoja MT reforçam os objetivos estabelecidos no inciso I do artigo 2º da lei, destacando a importância de impedir tentativas de manter a Moratória da Soja por meio do artigo 4º. O governador já havia expressado sua preocupação com essa possibilidade e comprometeu-se a garantir que o decreto regulamentador seja claro e abrangente o suficiente para evitar subterfúgios, como a transformação da Moratória em políticas institucionais ou a modulação de restrições por áreas delimitadas, como polígonos ou talhões. A continuidade dessas práticas violaria os princípios constitucionais e as normas da ordem econômica do Brasil.

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Para a Aprosoja MT, essas diretrizes são fundamentais para proteger a soberania das leis nacionais e garantir que os produtores rurais de Mato Grosso não sejam prejudicados por práticas discriminatórias ou arbitrárias.

“O compromisso do governador em assegurar um decreto claro e efetivo renova a confiança dos produtores no fim deste conluio comercial que há tanto tempo prejudica o setor. As contribuições da Aprosoja preveem o respeito ao devido processo legal, ampla defesa e contraditório às empresas, permitindo o atendimento a mercados com demandas específicas sem penalizar o produtor brasileiro que segue rigorosamente as leis nacionais. Nosso objetivo é construir um ambiente econômico justo e sustentável para todos”, afirmou o presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber.

A Aprosoja MT reafirma seu compromisso com a restauração da segurança jurídica para milhares de famílias agricultoras que, após quase duas décadas de abusos econômicos por grandes corporações, agora têm a esperança de dias mais justos e melhores. A entidade acredita que o fim desse acordo trará benefícios para toda a sociedade mato-grossense, promovendo o desenvolvimento sustentável e a diminuição das desigualdades sociais.

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A Aprosoja MT também expressa seu agradecimento e parabeniza o governador Mauro Mendes pelo comprometimento e pela condução firme no combate à Moratória da Soja, além do tratamento justo a todos os cidadãos de Mato Grosso, o que fortalece a justiça e a competitividade do setor produtivo estadual.

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