Search
Close this search box.
CUIABÁ

AGRONEGÓCIO

Mercado de borracha natural deve alcançar R$ 123 bilhões até 2029

Publicados

AGRONEGÓCIO

O mercado global de borracha natural está em crescimento, devendo faturar R$ 97,4 bilhões agora em 2024, e atingir R$ 123,8 bilhões até 2029. Essa tendência, impulsionada pela crescente demanda por essa matéria prima para indústrias que vão de pneus de automóveis e aviões, a luvas médicas, preservativos etc, entre outras, tem atraído a investimentos para o plantio de seringais.

A seringueira, principal fonte de matéria-prima, emerge como uma cultura destacada por sua sustentabilidade e pelos benefícios ambientais que proporciona. Estudos recentes destacam o papel significativo das seringueiras não apenas na produção de borracha natural, mas também na preservação dos recursos hídricos e na promoção da sustentabilidade ambiental.

Uma pesquisa conduzida pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) comparou o balanço hídrico entre uma floresta natural e um seringal. Os resultados revelaram que ambos exibem padrões semelhantes na distribuição da água da chuva, com o seringal mostrando-se capaz de armazenar mais água e apresentar uma drenagem mais profunda.

Essas descobertas evidenciam o papel crucial das seringueiras na preservação dos recursos hídricos, além de ressaltar sua contribuição para a sustentabilidade ambiental. O estudo, conduzido por pesquisadores do Campo Experimental Vale Piranga da Epamig, situado em Oratórios, examinou um seringal em dois períodos distintos, aos 27 e 34 anos de idade. Os resultados demonstraram um padrão de distribuição de água da chuva semelhante ao observado em uma mata nativa.

Leia Também:  Pesquisa mostra o drama da armazenagem de grãos enfrentado pelo agronegócio

“O equilíbrio do balanço hídrico no seringal se manifestou através do maior armazenamento de água e de uma drenagem mais profunda”, explicou um dos pesquisadores envolvidos no estudo. “A dinâmica do escoamento superficial e a infiltração da água no solo são influenciadas pela cobertura florestal, cujo sistema de amortecimento formado pelas copas das árvores direciona as gotas de chuva. Esse fenômeno, anteriormente estudado em matas nativas, foi agora investigado nas seringueiras”, acrescentou.

A borracha natural, derivada da coagulação do látex extraído da seringueira, desempenha um papel vital em diversas indústrias. Apesar da competição da borracha sintética, a natural mantém sua relevância devido às suas propriedades superiores e aplicações diversificadas. Porém, o setor de borracha natural enfrentou desafios históricos, como a concorrência asiática no século XIX e a popularização da borracha sintética após a Segunda Guerra Mundial.

A importância do planejamento na implantação de seringais foi ressaltada pelos pesquisadores, que enfatizaram a necessidade de cuidados desde a fase inicial do plantio. A escolha criteriosa das mudas, a seleção adequada do local de plantio e a adoção de práticas de conservação do solo e da água são fundamentais para o sucesso dessa atividade.

Leia Também:  Produtores de soja voltam as atenções ao campo

Segundo o pesquisador da Epamig, Antônio de Pádua Alvarenga, que conduziu a pesquisa, um aspecto relevante que torna o plantio de seringueiras um sistema conservador da água é a cobertura do solo. “Esta cobertura aliada à manutenção das condições físicas do solo, devido ao pouco revolvimento deste, são fatores que favorecem a infiltração da água. Para aumentar esse potencial é fundamental que técnicas de conservação do solo e da água sejam adotadas, como plantio em nível, manejo adequado do mato, para que o mesmo seja deixado sobre o solo formando uma cobertura e, se necessário, instalação de caixas de captação de água”, finaliza Alvarenga.

Com informações da SDOrganicos.com.br

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

AGRONEGÓCIO

Aprosoja MT Apresenta Propostas ao Governo de MT para a Regulamentação da Lei da Moratória da Soja

Publicados

em

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) entregou, nesta segunda-feira (23.12), suas contribuições ao Governo de Mato Grosso para a regulamentação da Lei nº 12.709/2024, em conformidade com o acordo recentemente firmado com o governador Mauro Mendes. A legislação, que busca eliminar barreiras comerciais impostas por empresas que adotam práticas antieconômicas, é um marco importante na defesa da livre iniciativa e no desenvolvimento socioeconômico equilibrado dos municípios de Mato Grosso, com ênfase na redução das desigualdades sociais.

As propostas apresentadas pela Aprosoja MT reforçam os objetivos estabelecidos no inciso I do artigo 2º da lei, destacando a importância de impedir tentativas de manter a Moratória da Soja por meio do artigo 4º. O governador já havia expressado sua preocupação com essa possibilidade e comprometeu-se a garantir que o decreto regulamentador seja claro e abrangente o suficiente para evitar subterfúgios, como a transformação da Moratória em políticas institucionais ou a modulação de restrições por áreas delimitadas, como polígonos ou talhões. A continuidade dessas práticas violaria os princípios constitucionais e as normas da ordem econômica do Brasil.

Leia Também:  Pesquisa mostra o drama da armazenagem de grãos enfrentado pelo agronegócio

Para a Aprosoja MT, essas diretrizes são fundamentais para proteger a soberania das leis nacionais e garantir que os produtores rurais de Mato Grosso não sejam prejudicados por práticas discriminatórias ou arbitrárias.

“O compromisso do governador em assegurar um decreto claro e efetivo renova a confiança dos produtores no fim deste conluio comercial que há tanto tempo prejudica o setor. As contribuições da Aprosoja preveem o respeito ao devido processo legal, ampla defesa e contraditório às empresas, permitindo o atendimento a mercados com demandas específicas sem penalizar o produtor brasileiro que segue rigorosamente as leis nacionais. Nosso objetivo é construir um ambiente econômico justo e sustentável para todos”, afirmou o presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber.

A Aprosoja MT reafirma seu compromisso com a restauração da segurança jurídica para milhares de famílias agricultoras que, após quase duas décadas de abusos econômicos por grandes corporações, agora têm a esperança de dias mais justos e melhores. A entidade acredita que o fim desse acordo trará benefícios para toda a sociedade mato-grossense, promovendo o desenvolvimento sustentável e a diminuição das desigualdades sociais.

Leia Também:  Produtores de soja voltam as atenções ao campo

A Aprosoja MT também expressa seu agradecimento e parabeniza o governador Mauro Mendes pelo comprometimento e pela condução firme no combate à Moratória da Soja, além do tratamento justo a todos os cidadãos de Mato Grosso, o que fortalece a justiça e a competitividade do setor produtivo estadual.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA