AGRONEGÓCIO
Rastreabilidade: frigoríficos dizem que exigências dos bancos podem prejudicar pequenos
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O setor frigorífico brasileiro criticou as novas regras de concessão de crédito bancário divulgadas pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). As regras exigem que os frigoríficos implementem sistemas de monitoramento ambiental de seus fornecedores diretos e indiretos de gado para o abate.
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Grandes indústrias consideraram as novas regras uma “terceirização da responsabilidade” socioambiental dos financiamentos ao agronegócio, enquanto pequenos e médios empresários temem que as normas excluam os frigoríficos de menor porte do processo produtivo. Os bancos desembolsam cerca de R$ 20 bilhões por ano no financiamento do setor frigorífico, de acordo com a Febraban.
Para Isan Rezende, presidente do Instituto do Agronegócio (IA) a norma da Febraban afeta os pequenos e médios e deve ser revista. “É injusto impor essas exigências apenas às grandes indústrias, enquanto os pequenos e médios frigoríficos correm o risco de serem excluídos do processo produtivo devido às demandas financeiras e técnicas do monitoramento ambiental”.
“Entendemos a importância de promover a sustentabilidade e a preservação ambiental na cadeia do agronegócio, mas é fundamental que as instituições financeiras adotem critérios socioambientais de forma equitativa, estendendo-os a todos os setores e clientes, e não apenas aos frigoríficos. A responsabilidade de conhecer e monitorar os fornecedores diretos e indiretos deve ser compartilhada por todos os envolvidos, garantindo um desenvolvimento sustentável e inclusivo para o setor como um todo”, completou Isan Rezende.
Já a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) argumentou que os bancos deveriam aplicar critérios socioambientais semelhantes para concessão de crédito a todos os clientes, não apenas aos frigoríficos. Eles alegam que é responsabilidade dos bancos conhecer seus clientes.
A Abiec também afirmou que as indústrias do setor implementaram sistemas de monitoramento socioambiental de seus fornecedores desde 2009. Eles argumentam que os bancos deveriam exigir que todos os correntistas, incluindo os proprietários rurais, cumpram os mesmos critérios socioambientais.
Por outro lado, a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), que representa estabelecimentos de menor porte, expressou preocupação com uma possível exclusão dessas empresas do processo produtivo devido à interrupção do acesso ao financiamento bancário.
As novas regras da Febraban determinam que os frigoríficos na Amazônia Legal e no Maranhão devem implementar sistemas de rastreabilidade e monitoramento para evitar a aquisição de gado proveniente de desmatamento ilegal. Os frigoríficos devem divulgar seus planos de rastreabilidade e monitoramento e demonstrar o progresso desses sistemas até março de 2024.
Os indicadores de desempenho incluem o rastreamento de fornecedores diretos e indiretos e o cumprimento dos compromissos socioambientais. As propriedades de fornecedores indiretos com menos de 100 hectares podem ser excluídas dessas exigências.
A Febraban afirmou que não terceiriza sua responsabilidade e destacou que os bancos gerenciam riscos sociais, ambientais e climáticos em suas operações. A federação considera as novas regras uma iniciativa complementar para a gestão dos riscos de desmatamento nas operações bancárias.
Os frigoríficos sugerem que a norma seja analisada com cautela e que sejam oferecidas oportunidades para que todos os participantes do setor possam se adaptar às exigências de sustentabilidade. Eles enfatizam a importância de uma abordagem inclusiva que evite a concentração industrial e os impactos sociais negativos.
Nesse contexto, os frigoríficos argumentam que os protocolos de monitoramento socioambiental devem ser integrados a propostas de rastreabilidade da cadeia pecuária, que estão sendo desenvolvidas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. Essa integração permitiria uma adequação mais viável para os pequenos frigoríficos e abatedouros.
Em resumo, os frigoríficos brasileiros estão pedindo ajustes na regra da Febraban para a concessão de crédito, argumentando que a norma atual representa uma terceirização injusta da responsabilidade socioambiental. Eles defendem que os bancos adotem critérios socioambientais para todos os clientes e solicitam uma abordagem inclusiva que permita que todas as empresas do setor se adaptem às exigências de sustentabilidade.
Fonte: Pensar Agro


AGRONEGÓCIO
Aprosoja MT Apresenta Propostas ao Governo de MT para a Regulamentação da Lei da Moratória da Soja
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) entregou, nesta segunda-feira (23.12), suas contribuições ao Governo de Mato Grosso para a regulamentação da Lei nº 12.709/2024, em conformidade com o acordo recentemente firmado com o governador Mauro Mendes. A legislação, que busca eliminar barreiras comerciais impostas por empresas que adotam práticas antieconômicas, é um marco importante na defesa da livre iniciativa e no desenvolvimento socioeconômico equilibrado dos municípios de Mato Grosso, com ênfase na redução das desigualdades sociais.
As propostas apresentadas pela Aprosoja MT reforçam os objetivos estabelecidos no inciso I do artigo 2º da lei, destacando a importância de impedir tentativas de manter a Moratória da Soja por meio do artigo 4º. O governador já havia expressado sua preocupação com essa possibilidade e comprometeu-se a garantir que o decreto regulamentador seja claro e abrangente o suficiente para evitar subterfúgios, como a transformação da Moratória em políticas institucionais ou a modulação de restrições por áreas delimitadas, como polígonos ou talhões. A continuidade dessas práticas violaria os princípios constitucionais e as normas da ordem econômica do Brasil.
Para a Aprosoja MT, essas diretrizes são fundamentais para proteger a soberania das leis nacionais e garantir que os produtores rurais de Mato Grosso não sejam prejudicados por práticas discriminatórias ou arbitrárias.
“O compromisso do governador em assegurar um decreto claro e efetivo renova a confiança dos produtores no fim deste conluio comercial que há tanto tempo prejudica o setor. As contribuições da Aprosoja preveem o respeito ao devido processo legal, ampla defesa e contraditório às empresas, permitindo o atendimento a mercados com demandas específicas sem penalizar o produtor brasileiro que segue rigorosamente as leis nacionais. Nosso objetivo é construir um ambiente econômico justo e sustentável para todos”, afirmou o presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber.
A Aprosoja MT reafirma seu compromisso com a restauração da segurança jurídica para milhares de famílias agricultoras que, após quase duas décadas de abusos econômicos por grandes corporações, agora têm a esperança de dias mais justos e melhores. A entidade acredita que o fim desse acordo trará benefícios para toda a sociedade mato-grossense, promovendo o desenvolvimento sustentável e a diminuição das desigualdades sociais.
A Aprosoja MT também expressa seu agradecimento e parabeniza o governador Mauro Mendes pelo comprometimento e pela condução firme no combate à Moratória da Soja, além do tratamento justo a todos os cidadãos de Mato Grosso, o que fortalece a justiça e a competitividade do setor produtivo estadual.
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