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Alagoas ainda tem mais de 7 mil desabrigados e desalojados pela chuva

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Mais de 7 mil pessoas ainda estão desabrigadas e desalojadas em razão das fortes chuvas que atingiram Alagoas desde sexta-feira (7). O balanço mais recente da Defesa Civil do estado, divulgado no fim da manhã desta terça-feira (11), após baixa no nível da água dos rios da região, mostra que há 3.404 pessoas desabrigadas e 3.959 desalojadas. O boletim de ontem (10) informava que havia 25.312 pessoas afetadas pelas chuvas.

Alagoas está com 32 municípios em situação de emergência devido aos estragos provocados pelas chuvas.

Na manhã de hoje, uma comitiva formada pelos ministros da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, do Desenvolvimento, Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, e dos Transportes, Renan Filho, visitou áreas atingidas pelas chuvas, onde rios da região transbordaram.

A comitiva visitou ainda abrigos onde estão as famílias desalojadas e desabrigados. Antes, os ministros se reuniram no Palácio República dos Palmares com o governador do estado, Paulo Dantas, e com prefeitos dos municípios afetados pelas chuvas.

Em entrevista coletiva após a reunião, o ministro Wellington Dias disse que, inicialmente, estão sendo disponibilizados R$ 800 por família, além de mais de 4 mil cestas básicas para as pessoas desabrigadas.

Dias informou que o cronograma de pagamentos do Bolsa Família será alterado para que os beneficiários não tenham que esperar o dia indicado para recebimento. O benefício será pago na primeira data de recebimento, prevista para o dia 19. O ministro anunciou também a disponibilização de saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para os trabalhadores dos municípios afetados.

Wellington Dias disse ainda que agricultores familiares que perderam a plantação receberão auxílio de R$ 4.600 por família para compensar os prejuízos. Também estão sendo estudadas alterações no cronograma de pagamento do Programa de Fortalecimento de Agricultura Familiar (Pronaf) para renegociação dos empréstimos já concedidos.

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Ele destacou a agilidade do governo de Alagoas e dos prefeitos dos municípios mais afetados para que ficasse pronto logo o mapeamento dos danos e houvesse condições para o reconhecimento da situação de emergência. “Isso abre a possibilidade do atendimento, tanto do estado quanto do governo federal”, afirmou Dias.

Apoio

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, destacou que o apoio aos municípios afetados pelas chuvas em Alagoas se dará em uma vertente emergencial e em outra pautada na mitigação, resiliência e adaptabilidade para esse tipo de evento, com base nos planos de ações humanitárias elaborados pelas municipalidades.

De acordo com Góes, ainda não há um valor fechado para envio aos estados atingidos pelas chuvas, mas a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é prestar todo apoio necessário ao estado.

“Mesmo que saia uma medida provisória, pode não ser suficiente, mas pode sobrar, porque isso está vinculado aos planos de trabalho. Tanto que o presidente Lula recomenda que o apoio que for necessário para amenizar o sofrimento das pessoas será garantido, como tem sido feito desde 1° de janeiro em todos os estados de Brasil”, afirmou Góes.

Segundo o ministro, a segunda parte – reconstrução da infraestrutura afetada, de moradias e outras obras — será incluída no plano de investimento em infraestrutura, anunciado pelo governo federal em abril (https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2023-04/novo-plano-de-desenvolvimento-tera-seis-eixos-anuncia-lula).

“Vamos trabalhar em duas frentes: a frente da resposta em respeito à ajuda humanitária, desobstrução, limpeza e também a da reconstrução, quando há perda de patrimônio, de estradas, casas. Então, tem todo um planejamento. A Defesa Civil nacional não ficará esperando nas quatro paredes o que os municípios e o estado vão fazer”, disse.

Góes disse que o quanto for necessário vai ser colocado à disposição dos estados e municípios, de acordo com os planos de ajuda humanitária. “No final é que a gente vai saber quanto foi necessário e o quanto será liberado pelo governo federal para estados e municípios.”

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Na entrevista, o governador Paulo Dantas destacou a capacitação das defesas civis municipais, pela Defesa Civil Nacional, o que agilizará a elaboração de planos de ação humanitária, para que os governos federal estaduais tenham condições legais de encaminhar a ajuda para as prefeituras.

“Tanto o governo de Alagoas quanto o governo federal encaminharão recursos para os municípios para ajudar na reconstrução do que ficou danificado nos municípios, nas estradas vicinais e em outros pontos para que a normalidade volte a essas cidades”, disse Dantas. Ele informou que será criado um comitê com participação do prefeitos para debater a construção de obras estruturantes para minimizar os estragos das chuvas.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, frisou a necessidade de obras estruturantes para minimizar os impactos das enchentes. Segundo ele, a pasta já liberou quase todas as rodovias federais que tiveram o tráfego interrompido. São as estradas que cortam os municípios de São Miguel dos Campos (BR-101), Belém (BR-316) e São Miguel dos Campos (BR-101).

Doações

O Banco do Brasil e a Fundação BB lançaram campanha para prestar auxílio às pessoas diretamente afetadas pelas enchentes em Alagoas. A fundação já doou R$ 500 mil. A iniciativa faz parte do programa estruturado Ajuda Humanitária, destinado a ações de assistência em situações de calamidade e emergência.

Os valores arrecadados serão destinados à Cáritas Brasileira Regional Nordeste II, instituição sem fins lucrativos que atua na região e será responsável pela aquisição e distribuição de itens essenciais para as pessoas que necessitam de auxílio neste momento.

Para participar da campanha, as doações podem ser feitas na conta 82.000-8, agência: 1607-1, e na Chave PIX: pix.enchentesal@fbb.org.br. Também é possível fazer a doação diretamente pelo link BB Pay, acessando o aplicativo BB pelo celular.

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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