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Coletivos negros fazem ato contra ex-atleta que agrediu entregadores

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Coletivos negros e movimentos sociais do Rio de Janeiro realizaram nesta quinta-feira (20) um ato de resistência contra o racismo no país. Mais de 80 organizações cobraram a prisão da ex-jogadora de vôlei de praia, Sandra Mathias Correia de Sá, 53 anos que agrediu os entregadores de aplicativo, Max Ângelo e Viviane Maria, no bairro de São Conrado, zona sul do Rio de Janeiro, onde os dois trabalhavam.

Em manifesto, organizadores reafirmaram “legado de resistência, luta, produção de saberes e de vida”. 

“Historicamente, seguimos enfrentando o racismo, que estrutura a sociedade e produz desigualdades que atingem principalmente nossas existências. Durante os quase quatrocentos anos de escravização e desde o início da República, somos alvo de violações de direitos, do racismo, da discriminação racial, da violência e do genocídio”.

Em outro trecho, o documento ressalta que a história exige da população negra brasileira e de toda a diáspora africana ações articuladas para o enfrentamento ao racismo, ao genocídio e às desigualdades, injustiças e violências derivadas desta realidade.

“Esta unidade de luta negra se reúne em defesa da vida, do bem viver e de direitos arduamente conquistados na resistência e luta do povo negro pobre e da classe trabalhadora, irrenunciáveis e inegociáveis, seguiremos honrando nossas e nossos ancestrais, unificando em luta toda a população afro e demais membros da classe trabalhadora, por um futuro livre de racismo”.

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Agressões

No dia 9 de abril, Sandra agrediu violentamente os entregadores em São Conrado, perto de onde ela mora. As imagens gravadas mostram a ex-atleta desferindo socos em Max e puxões fortes na camisa dele. Na cena mais forte, a mulher deu chicotadas no trabalhador usando a guia do cachorro dela. Em seguida, ele se esquiva e tenta se afastar. Depois, Sandra retornou e deu tapas e socos na entregadora Viviane Maria Souza.

A ex-atleta, se apresenta nas redes sociais como nutricionista e dona de uma escola de vôlei de praia no Leblon. No depoimento à polícia na última segunda-feira (17), Sandra disse ter sofrido preconceito de gênero e negou racismo. Max negou a versão da mulher.

O caso foi registrado como lesão corporal e injúria simples. Segundo a delegada responsável pelo inquérito, ainda não há elementos suficientes para que o caso seja caracterizado como injúria racial. A polícia investiga se também houve o crime de injúria racial, que tem tratamento jurídico do racismo e pena de dois a cinco anos. A delegada ainda ouvirá outros três depoimentos.

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Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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