BRASIL
Cresce ajuda humanitária às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul
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A Associação Brasileira de Bancos e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e seus bancos associados contabilizaram nesta quinta-feira (14) R$ 4 milhões em doações para auxiliar no socorro aos moradores dos municípios atingidos pelas fortes chuvas recentes no Rio Grande do Sul. Os recursos serão direcionados de forma colaborativa por meio de várias organizações da sociedade civil que atuam naquele estado.
Também foram liberados R$ 463 milhões do saque calamidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aos trabalhadores das cidades afetadas, ações de auxílio para funcionários e familiares na região, abertura de agências para recebimento de doações. Foram reforçadas ainda as orientações às equipes de seguros das instituições para o atendimento da população local, visando contribuir para amenizar o sofrimento da população. As informações foram divulgadas em nota pelas duas entidades.
Carreta solidária
Também hoje (14), chegou à região afetada pelas chuvas no Rio Grande do Sul a Carreta Solidária da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA). A unidade móvel tem capacidade para preparar 4.500 refeições por dia, lavar até meia tonelada de roupas e oferecer atendimento psicológico à comunidade.
A carreta ficará em Muçum, na Avenida Borges de Medeiros, 650, e os atendimentos gratuitos começaram às 16h. Nesse município, inicialmente, a carreta fornecerá refeições simples diárias, como sopa, e ainda refeições completas com arroz, feijão e proteína, além de lavar roupas e cobertores. A ação é possível graças à iniciativa das pessoas que fazem doações.
Quem desejar contribuir com as ações da ADRA Brasil no Rio Grande do Sul pode fazer doações via Pix pela chave emergencias@adra.org.br ou com cartão de crédito pelo link https://doacoes.adra.org.br/SOS/people/new.
Refeições
A organização não governamental (ONG) Ação da Cidadania, com o apoio de uma Cozinha Solidária parceira, está distribuindo, diariamente, 500 refeições prontas para consumo às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Mais de uma tonelada de alimentos estão sendo usados no preparo das refeições, informou a ONG à Agência Brasil, por meio de sua assessoria de imprensa. Estão sendo doados também kits de higiene e limpeza, velas e isqueiros.
Doações às populações das cidades gaúchas atingidas pelo desastre podem ser feitas através do site www.acaodacidadania.org.br/emergencias e pelo Pix sos@acaodacidadania.org.br.
Desde o último dia 7, a cozinha solidária do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), instalada no município de Encantado (RS), já entregou mais de 10 mil marmitas nas comunidades mais afetadas pelas enchentes. Dezenas de integrantes do movimento se deslocaram de suas cidades de origem para ajudar na produção dos alimentos. O movimento conta ainda com dezenas de voluntários da cidade, que se unem diariamente ao grupo para montar e entregar as refeições.
Quem quiser contribuir pode fazer doação de qualquer valor via chave Pix pelo CNPJ 10568281000137.
O estado de calamidade pública de 79 cidades gaúchas foi reconhecido no dia 7 deste mês pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR). As fortes chuvas, provocadas pela passagem de um ciclone extratropical na região, causaram enchentes, que destruíram casas e provocaram 47 mortes, de acordo com balanço da Defesa Civil feito até as 12 horas dessa quarta-feira (13).
Ajuda federal
No sábado (9), o governador Eduardo Leite anunciou a criação da conta SOS Rio Grande do Sul, no Banrisul, bem como de chave Pix CNPJ: 92.958.800/0001-38 para doações em dinheiro às vítimas das enchentes. Em dois dias, foram arrecadados R$ 2,2 milhões via Pix. De acordo com o governo gaúcho, os recursos arrecadados serão direcionados para apoio a iniciativas de recuperação de infraestrutura e reconstrução de casas das vítimas, nos locais afetados, entre outras finalidades.
No dia seguinte (10), o governo federal, por meio do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, em viagem ao Rio Grande do Sul, anunciou repasse de R$ 741 milhões em recursos para as cidades atingidas pelas fortes chuvas.
Na última terça-feira (12), após reunião ministerial realizada no Palácio da Alvorada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou mais R$ 1,6 bilhão para ajuda à população gaúcha afetada. Desse total, R$ 1 bilhão serão concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a pequenos produtores rurais, microempreendedores individuais e micro, pequenos e médios empresários do estado, para recuperação da economia local. Os recursos são oriundos do novo programa Crédito Solidário do banco.
Os restantes R$ 600 milhões são provenientes do FGTS e serão liberados para 354 mil trabalhadores da região que têm recursos no fundo. O FGTS é uma poupança aberta pela empresa em nome do trabalhador. Ela funciona como uma garantia para proteger o empregado em caso de demissão sem justa causa.
Defesa Civil
Doações de kits de higiene e limpeza, agasalhos, roupas íntimas e roupas de cama, podem ser entregues na central de doações da Defesa Civil de Porto Alegre, das 8h às 18h, na Avenida Borges de Medeiros, 1.501; no Palácio Piratini; nos quartéis da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros Militar; nas sedes das prefeituras; em todas as agências do Banrisul no estado do Rio Grande do Sul, em dias úteis; nas unidades da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Lajeado, Montenegro, São Leopoldo, Porto Alegre, Eldorado do Sul e Santa Maria, entre outros lugares.
O sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac também promove ajuda aos atingidos pelas enchentes, através do Programa Mesa Brasil e das unidades do Serviço Social do Comércio (Sesc) de todo o estado, que serão pontos de coleta para doações dos materiais arrecadados para direcionamento aos desalojados.
Por meio da campanha “Sementes de Solidariedade”, a rede Cáritas Regional Rio Grande do Sul, está recebendo contribuições através do Pix CNPJ 33.654.419/0010-07 ou de depósito bancário na conta corrente 55.450-2, agência 1248-3, Banco do Brasil.
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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