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Alunas do Mais MT Muxirum compartilham a felicidade da alfabetização aos 50 anos

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A alfabetização se constitui uma poderosa ferramenta para a realização de qualquer pessoa, seja ela jovem ou idosa. Não foi diferente com dona Josefina Machado, de 66 anos, moradora do Bairro Santa Izabel, em Cuiabá. Em 2022 ela conheceu o Programa Mais MT Muxirum, da Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT), e descobriu que a retomada dos estudos oportunizaria a realização do seu sonho: aprender a ler e a escrever.

A responsável por abraçar a comunidade e ministrar as aulas para um grupo de quatro mulheres foi a jovem professora de 28 anos, Laise Cristiane. Apresentada ao Programa Mais MT Muxirum por uma amiga, Laise acabou se apaixonando pela ideia de ensinar turmas formadas por estudantes com diversas idades.

“É muito importante dar mais atenção, tratar bem os estudantes com mais idade e despertar o interesse deles pelo aprendizado. A Seduc-MT possibilitou que essas pessoas tivessem acesso à aprendizagem e, cada vez mais, outras pessoas vão se juntando às minhas turmas”, afirmou a professora.

Dona Josefina faz parte do grupo de pessoas que não foram alfabetizadas na idade certa e que a Seduc-MT incluiu entre os que resgataram a sua cidadania com o ensino, tendo agora a oportunidade de aumentar a sua base de conhecimento.

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Outra personagem dessa história é dona Luzia Pedrosa, que retomou os estudos aos 50 anos. Para ela, foi a oportunidade para relembrar da época em que estudava, mas que precisou interromper os estudos. “Está sendo muito divertido aprender novamente. A professora é muito atenciosa e paciente’’, enfatizou. Segundo a estudante, “o mais importante nesse momento é continuar estudando, mesmo após o final do ano letivo”.

A realização pessoal com os resultados do Mais MT Muxirum pode ser definida com expressões que indicam satisfação: “Fantástico, maravilhoso, deslumbrante”. Esses foram os adjetivos usados pela professora e coordenadora do Mais MT Muxirum, Mariza Leal, ao descrever o programa responsável por transformar vidas e construir sonhos. Para ela, a cada história que ouve se emociona, principalmente por também ser uma educadora e acompanhar de perto o empenho dos estudantes.

“Esse programa foi criado para proporcionar às pessoas que não tiveram a oportunidade de estudar a conquista da alfabetização com as primeiras letras em suas vidas. De início, elas buscam escrever o próprio nome, leem coisas do cotidiano. Muitos querem aprender para ler a Bíblia ou saber pegar um ônibus. Por meio do Muxirum, estão tendo essa oportunidade’’, pontuou Mariza. 

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Em outubro, o programa encerra o ano letivo com um certificado para os estudantes que desenvolveram as atividades, e deve retornar em 2023 com novas turmas, por meio da busca ativa a partir de março do próximo ano. O início do ano letivo está previsto para o mês de abril.

Desde 2021, o Mais MT Muxirum foi responsável por atender mais de 30 mil pessoas com idade acima de 15 anos em 95 municípios. Em 2023, a meta é atender cerca de 23 mil pessoas nos 141 municípios. Já o compromisso até 2025 é ter alfabetizado 97 mil pessoas, erradicando o analfabetismo em Mato Grosso.

“Tenho a certeza de que aprender a ler e a escrever é certamente a maior conquista de uma pessoa, seja ela criança, jovem ou adulta. Fazer parte desse progresso pessoal e da história pessoal de muitas delas, como dona Josefina e dona Luzia, é também para mim uma grande conquista pessoal”, concluiu Mariza.

Fonte: GOV MT

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“Efêmera Relíquia” abre a temporada 2025 na Casa do Parque — um encontro entre o tempo e a poesia

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Nesta 3ª-feira, dia 29 de abril, às 19h, A Casa do Parque inaugura a exposição “Efêmera Relíquia”, dando início à sua temporada 2025 com uma mostra que celebra a delicadeza da memória e o poder simbólico das pequenas coisas. A exposição é a reedição de um projeto idealizado em 2020 por Flávia Salem, Anna Maria Ribeiro e Rosemar Coenga, sob o título original “Coleções: um mundo de singulares afinidades”. Pronta para estrear naquele ano, a mostra foi interrompida com a chegada da pandemia da COVID-19 — e agora renasce com novas camadas, elementos inéditos e a mesma pulsação poética.

“Durante o silêncio imposto pela pandemia, essa exposição ficou em suspensão conosco. Esperou, amadureceu. Agora, volta a respirar em outra frequência — mais profunda, mais vívida.”, afirma Flávia Salem, idealizadora da Casa do Parque.

Com curadoria de Anna Maria Ribeiro e Rosemar Coenga, que acompanham o projeto desde a origem, “Efêmera Relíquia” reúne 16 coleções de 13 colecionadores. São objetos que, à primeira vista, podem parecer cotidianos, mas que guardam histórias extraordinárias: latas cheias de lembranças, selos que cruzaram oceanos, livros lidos com silêncio e reverência, borrachas escolares, espadas medievais em miniatura, porta-copos de bares distantes, marionetes, celulares antigos — e tantas outras preciosidades que atravessaram o tempo guiadas pela afetividade de quem as coleciona.

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Espelhos, poesia e vídeo-instalação
Na noite de abertura, a exposição será acompanhada por poesia ao vivo. Importantes vozes da literatura mato-grossense — Aclyse de Mattos, Divanize Carbonieri, Marli Walker e Sueli Batista — participam com versos que também estarão expostos em fragmentos de espelhos, com caligrafia manual. Esta instalação poética é possível graças ao patrocínio da Estação Vidros, por meio da diretora Adriana Sá e de Ana Maria Pereira.

O público será ainda convidado a assistir a uma vídeo-instalação com depoimentos dos próprios colecionadores, em que compartilham não apenas suas peças, mas o gesto íntimo de colecionar — entendido aqui como uma forma de preservar o mundo e os afetos.

As vitrines que acolhem os objetos foram gentilmente cedidas pelo Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso, na pessoa de sua presidente, Neila Maria Souza Barreto, reafirmando o caráter colaborativo da exposição.

Colecionadores e suas relíquias:

Anna Maria Ribeiro F. M. da Costa
Na lata, Cartões-postais, Pentes indígenas
Antonio Horácio da Silva Neto
Aço Ancestral
Rosemildo Aparecido Coenga
Celulares antigos
Flávia Salem
Fábulas Suspensas – Marionetes
Espelhos das Águas – Iemanjás
Juliana Albernaz
Livros (romances)
Loyuá Ribeiro F. M. da Costa
Borrachas
Lucas Martins de Oliveira
Bicicletas em miniatura
Mariuzan Sousa
Super-heróis
Neila Barreto
Objetos religiosos
Paulo Mantovani
Balões
Rosana Lia Ravache
Porta-copos de bares do mundo inteiro
Rosemar Eurico Coenga
Livros (infantis)
Ruben Fábio Matos Ferreira
Selos
“Efêmera Relíquia” é mais do que uma exposição — é um convite à escuta do tempo, uma travessia afetiva pelos objetos que insistem em permanecer quando tudo parece fugir.

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Serviço

Exposição “Efêmera Relíquia”

Abertura: 29 de abril de 2025 (terça-feira), às 19h

Local: A Casa do Parque – Rua Marechal Severiano, 123 – Cuiabá – MT

Visitação: até 30 de junho de 2025

Entrada Gratuita

Informações: (65) 98116-8083

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