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“Em 5 anos, concluímos a pavimentação de 3,5 mil km de asfalto novo; nosso maior gargalo ainda é a mão de obra”, relata governador

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Durante evento que debateu os principais desafios do futuro da infraestrutura, nesta quinta-feira (14.12), o governador Mauro Mendes destacou o programa estadual que garantiu a pavimentação de 3,5 mil quilômetros de rodovias em Mato Grosso, em cinco anos.

Promovido pelo MoveInfra, o evento “Infraestrutura: Caminhos para a transição sustentável” reuniu os principais nomes do setor para um dia de conversas e troca de conhecimentos, em Brasília.

“Em cinco anos, nós concluímos a pavimentação de 3,5 mil quilômetros de rodovias em Mato Grosso. É um programa robusto de infraestrutura e eu diria, seguramente, que é o maior entre todos os estados brasileiros hoje. Mas o nosso maior gargalo para ampliação desse projeto ainda é a mão de obra”, afirmou o governador.

Mauro participou do painel “Social e Desenvolvimento: Como preparar a força de trabalho para o futuro da infraestrutura”, que discutiu estratégias para garantir mão de obra qualificada em projetos de infraestrutura.

O governador ressaltou ainda que toda essa pavimentação – um recorde entre os estados e maior até do que a realizada pelo Governo Federal – foi financiada com capital próprio.

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Isso inclui o trecho de obras da BR-163, principal rodovia federal de escoamento da produção agropecuária e que o governador conseguiu articular para que a concessão fosse transferida ao Governo de Mato Grosso.

“O Estado tem se esforçado para que a relação entre todos os setores seja proativa e cooperativa, e que inspire a realização de negócios e um ambiente de confiança. Por isso, conseguimos realizar esse amplo projeto de pavimentação com capital próprio do Estado e zero investimento privado. Vamos manter o compromisso de investir nesse importante eixo logístico e econômico para o país”, garantiu.

Mauro relembrou que a recuperação da capacidade de investimento, realizada pelo Governo do Estado ao longo dos últimos anos, foi fundamental para garantir um contexto pujante para a infraestrutura.

“Estamos caminhando para o quarto ano consecutivo em que conseguimos estabelecer uma boa capacidade do Governo do Estado de fazer investimentos. Encerramos 2023 investindo mais de 19% da nossa receita. Neste ano, vamos investir cerca de 18%. Para 2024, já temos garantidos de 15 a 16% da receita para investimentos. Essa robustez de investimentos garante um ciclo positivo de fortalecimento de todos os atores envolvidos, não só da infraestrutura, mas de diversos outros setores”, explicou.

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O governador também mencionou sua ida à COP-28, em Dubai, para trazer ao debate o processo de transição de matriz energética no planeta, que deve caminhar em sintonia com a infraestrutura.

“Teremos que nos adaptar a essa transição energética, porque vai mudar consideravelmente a forma como nós produzimos, consumimos e desenvolvemos grande parte dos negócios. Dificilmente alguém não será impactado. O Brasil está muito bem posicionado nesse setor, com grandes ativos ambientais e matrizes energéticas limpas, mas precisamos pressionar grandes potências mundiais a fazer mais, porque respondem pela maior parte das emissões de combustíveis fósseis”, finalizou.

Fonte: Governo MT – MT

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Audiência pública sobre obras inacabadas do BRT em Cuiabá é marcada pela ausência do governo estadual

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Na tarde desta sexta-feira (14), a Câmara Municipal de Cuiabá sediou uma audiência pública convocada pela Comissão de Obras, com o intuito de discutir os avanços e os desafios das obras do BRT na cidade. Presidida pelo vereador Alex Rodrigues, a audiência contou com a presença dos vereadores Dídimo Vovô, Ildes Taques, Demilson Nogueira, Dilemário Alencar, Jefferson Siqueira, Eduardo Magalhães, Paula Calil e Daniel Monteiro.

O evento também reuniu representantes de diversas entidades e órgãos importantes, como Paulo Cesar (Diretor de Trânsito da SEMOB), Kamila Auxiliadora (Conselho de Arquitetura e Urbanismo), Juliano Brustolin (Vice-presidente da Comissão de Acompanhamento Legislativo), Junior Macagnam (Presidente da CDL), Sebastião Belém (Secretaria de Obras Públicas), José Ademir dos Santos Junior (Empresa J. Prime), Pedro Aquino (Presidente da ASSUT – MT e da Associação dos Usuários do Transporte Público de Cuiabá), Álvaro Bezerra (Diretor da ACEC), Nicolau Cesar (Diretor da SEMOB) e Mauro (Pastoral do Imigrante).

Apesar da ampla participação de autoridades e especialistas, a audiência foi marcada por uma ausência significativa: o governo do estado, responsável pelas obras, não enviou nenhum representante. A ausência foi bastante impactante, considerando que foram 45 dias de organização para a devida audiência. A falta de explicações sobre o andamento da obra e os atrasos no cronograma gerou revolta entre os presentes.

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O presidente da Comissão de Obras, Alex Rodrigues, não escondeu a frustração com a ausência do governo estadual. “A política seria da resultado, a politicagem não. Gostaríamos de saber pelos responsáveis o prazo, o cronograma e o projeto, mas isso não vai diminuir o trabalho da Câmara Municipal de Cuiabá. Vamos continuar nosso trabalho e convidá-los para a próxima reunião da comissão de obras”, afirmou Alex Rodrigues, ressaltando que a população está cobrando respostas sobre o andamento da obra. “Quem nos elegeu está cobrando, que é o povo. O povo não está aqui na audiência porque está trabalhando, tem hora para chegar e sair. E o BRT era para ser um auxílio no dia a dia das pessoas”, completou.

Os impactos das obras inacabadas

Os atrasos nas obras do BRT têm gerado sérios impactos no trânsito de Cuiabá, com reflexos visíveis em várias regiões da cidade. A situação é especialmente crítica em avenidas como a do CPA e Fernando Corrêa, onde as obras têm causado congestionamentos e dificultado o deslocamento da população. A Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), um dos principais pontos críticos da obra, ainda não conta com uma solução definitiva para os alagamentos que comprometem a operação dos ônibus elétricos planejados para o sistema.

Além disso, os atrasos têm origem em um impasse entre o governo do estado e o Consórcio Construtor BRT Cuiabá, liderado pela Nova Engevix Engenharia e Projetos S/A. O consórcio, contratado em 2022 por R$468 milhões, afirma que o anteprojeto da obra não previu soluções essenciais, como a macrodrenagem da Prainha, o que tem dificultado a execução do cronograma e gerado mais atrasos.

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Propostas de soluções e próximos passos

Durante a audiência, os vereadores presentes reafirmaram seu compromisso em buscar soluções para destravar a obra e atender às necessidades da população cuiabana. Como próximo passo, os membros da Comissão de Obras Públicas realizarão uma visita técnica aos canteiros de obra para avaliar de perto os avanços e os desafios enfrentados pelo projeto.

“Nosso compromisso é com os cuiabanos. Essa obra precisa andar e atender às necessidades da população”, enfatizou Alex Rodrigues. A visita técnica servirá para que os vereadores possam verificar, pessoalmente, o andamento da obra e buscar alternativas para acelerar sua execução.

A audiência pública foi uma tentativa de dar transparência ao processo e de envolver a população nas discussões sobre o futuro do BRT. A participação dos cidadãos é essencial para que suas demandas sejam ouvidas e consideradas nas decisões que impactam o desenvolvimento da cidade. A Câmara Municipal de Cuiabá continuará a realizar reuniões e audiências sobre o tema, buscando uma solução definitiva para as obras inacabadas que afetam o cotidiano dos cuiabanos.

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