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Nascente do parque Massairo Okamura é uma das poucas preservadas

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A nascente do Córrego do Barbado, que surge no Parque Estadual Massairo Okamura, é uma das poucas preservadas na área urbana de Cuiabá como aponta o estudo preliminar do projeto ‘Água para o Futuro’, realizado pelo Instituto Ação Verde com apoio do Ministério Publico Estadual, Juizado Volante Ambiental e Universidade Federal de Mato Grosso. Essa nascente passa por 21 bairros e possui cerca de 10 quilômetros até sua foz, no rio Cuiabá. 

A análise prévia mostrou a existência de 126 nascentes. Dessas, a maioria está com um alto grau de degradação, enquanto a do parque Massairo apresentou um bom estado de conservação, mesmo com a constatação de início de processo erosivo, de presença de lixo no entorno e de coliforme fecais na água. Conforme o biólogo e pesquisador do projeto, Abídio Moraes, essa situação se deve ao fato do manancial estar inserido na área urbana. “Ainda não foram finalizados os estudos das outras nascentes, temos um prazo de dois anos, mas até o momento essa foi a que encontramos em melhor estado de conservação”, explica. 

Para o coordenador de Unidades de Conservação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Alexandre Batistella, o estudo serve como um alerta para a população, já que a presença de água no parque junto ao cenário verdejante que ele possui colabora para o microclima da região. “A unidade tem uma enorme importância ecológica devido à sua vegetação. Os moradores dos arredores percebem um frescor diferente próximo do parque e isso graças a conservação da biodiversidade existente no local, por isso é nosso dever cuidar desse patrimônio que é de todos.”

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Batistella orienta que para conservar esta e outras nascentes é necessário evitar jogar lixo em locais inadequados, pois com a chuva eles são levados até o curso da água causando danos ao meio ambiente. “Os usuários do parque precisam se conscientizar e entender que seu comportamento influencia na poluição dos córregos e rios”. Outro fator que contribui para a poluição das nascentes é a falta de saneamento básico, por isso a importância de ações individuais, como instalação de filtros e fossas artesanais.

Sobre o projeto

O projeto ‘Água para o Futuro’ foi iniciado em dezembro do ano passado e em dois anos pretende analisar 126 nascentes situadas na área urbana da capital com estudos de georreferenciamento, hidrogeologia e identificação de fauna e flora. De acordo com o superintendente executivo do Instituto Ação Verde, Vicente Falcão, cuja entidade é parceira da Sema, 60% da água que a população cuiabana consome é oriunda das nascentes. “Nosso o objetivo é tratar das fontes para que a geração futura possa continuar conservando e usufruindo sem se preocupar com a escassez”.

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Ele destaca que cada manancial tem um comportamento único, por isso sua restauração é difícil de acontecer. “A nascente é uma fonte de vida que pode ser utilizada para manutenção da biodiversidade que compõem a natureza do ambiente. Ao poluir os mananciais você estará gerando danos irreversíveis aos córregos, pois eles têm importância vital para o ecossistema”.

Emplacamento da nascente

No Dia Mundial da Água, comemorado na próxima terça-feira (22.03), a nascente situada no parque Massairo Okamura ganhará, a partir das 8h, uma nova placa com informações sobre as características de fauna e flora. Falcão informa que a equipe do instituto está analisando uma plataforma online demonstramdo o resultado dos estudos para acesso da população. “Nosso objetivo é, além de identificar a situação das nascentes, promover ações visando à preservação e recuperação delas.”

Fonte: GOV MT

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Especialista dá dicas de como superar escassez de mão de obra na suinocultura

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A falta de mão de obra é um problema que atinge diversas cadeias do setor produtivo, na suinocultura não é diferente, e a escassez de mão de obra e a alta rotatividade de colaboradores afetam diretamente a produtividade e o custo de produção em uma granja. Com a relevância do tema, o médico-veterinário, especialista em Liderança, Engajamento e Produtividade na Suinocultura, Leandro Trindade, apontou os principais desafios e oportunidades para atrair e reter talentos durante o 4º Simpósio da Suinocultura de Mato Grosso.

De acordo com levantamento realizado pela Metodologia Boas Práticas de Liderança (BPL), idealizado por Trindade, a rotatividade dentro das granjas, fenômeno cada vez mais constante, tem elevado os custos da atividade. “O impacto no negócio é direto, e o custo pela substituição de um colaborador pode chegar a 300% do salário anual dele. A repetição de processos, o tempo gasto com treinamento, instabilidade e queda de produtividade são reflexos dessa constante troca de funcionários”, explicou.

Ainda segundo o levantamento, realizado entre 2012 e 2025 em entrevistas nas granjas, a remuneração inadequada não é um dos principais fatores para a falta de engajamento dos colaboradores.

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“Chefe ruim (87%), falta de reconhecimento (78%), condições de trabalho (61%), comunicação ineficaz (58%) e só então remuneração inadequada (39%) montam o ranking de principais causas de afastamento dos colaboradores das granjas. Isso mostra a importância de escolher um líder capacitado para lidar com equipes”, pontuou.

Trindade completa que atualmente o ambiente de trabalho tem maior peso na escolha do colaborador do que o salário. “Clima respeitoso, oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, jornada de trabalho que permita cuidar da vida pessoal, infraestrutura e reconhecimento do valor do trabalho são pontos que precisam ser trabalhados e colocados como prioridade para conseguir incentivar e engajar um colaborador”.

O vice-presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e suinocultor, Moisés Sachetti, a pauta abordada durante o evento foi muito bem recebida pelos participantes, visto que é um problema recorrente no setor produtivo.

“É um problema enfrentado não só aqui em Mato Grosso, mas no Brasil. É um problema crescente no agronegócio brasileiro, afetando a produção e a eficiência do setor. Este fenômeno é resultado de uma combinação de fatores, como a falta de qualificação da mão de obra disponível, condições de trabalho no e até mesmo de gestão de pessoas”, afirmou Sachetti ao reforçar que é preciso atenção para evitar que o problema se agrave e acabe comprometendo a produção do setor produtivo.

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