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El Salvador: dois mil acusados de pertencer a gangues chegam à prisão

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Presos acusados de pertencer a gangues, detidos durante o estado de emergência de El Salvador, estão gradualmente enchendo a superlotada prisão de Tecoluca. Nesta terça-feira (11) foram transferidos mais dois mil homens que estavam encarcerados em diferentes presídios do país. Foram necessárias fortes medidas de segurança.

As imagens divulgadas pelo Governo de El Salvador mostram todo o processo de transferência de dois mil presos, alegadamente, associados a gangues que operam no país.

As autoridades, fortemente armadas, escolheram a madrugada para escoltar mais dois mil prisioneiros para a prisão de alta segurança de Tecoluca, entretanto já superlotada de milhares de outros elementos de gangues, acusados ou condenados.

Esta operação foi anunciada pelo presidente de El Salvador, Nayib Bukele que se tornou popular devido à política opressiva. Bukele fez da luta contra a criminalidade das gangues uma das suas bandeiras para as eleições presidenciais do país em fevereiro. Acabou vencendo o pleito com 85% dos votos e desta forma deverá manter-se no poder por mais cinco anos.

Conhecida como uma super-prisão, o Centro de Confinamento de Terrorismo, Cecot, 74 quilômetros a sudeste da capital San Salvador, ocupa 166 hectares, em Tecoluca. Foi um dos principais projetos do presidente Bukele, concluído em janeiro do ano passado.

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“Transferimos mais de 2 mil membros de gangues das prisões de Izalco [oeste], Ciudad Barrios [leste] e San Vicente [sudeste], para o Cecot”, escreveu Bukele na rede social X.

A construção do Cecot tem o propósito de aprisionar os membros mais violentos e chefes das principais gangues do país, MS-13 e Barrio 18.

Presídio

Nestas instalações de alta segurança onde não entra sol, só existe luz artificial 24 horas por dia, os presos são obrigados a comer com as mãos, porque as facas e garfos poderiam transformar-se em armas. Entre os alimentos estão arroz, farelo, ovos cozidos ou macarrão.

Os presos só podem sair das celas 30 minutos por dia. Podem exercitar-se, usando apenas o próprio peso corporal. Não existe qualquer objeto de treino devido ao medo de se espancarem uns aos outros ou aos guardas com halteres ou barras.

Dentro do Cecot existem oito módulos com um número indeterminado de presos em cada um, porém as autoridades não revelam quantas pessoas se encontram lá no momento. No projeto, a capacidade de toda a prisão é de 40 mil presos.

Os condenados dormem em cubículos colados uns aos outros, em forma de beliches de quatro andares, sem almofadas ou colchão.

Alguns grupos de Direitos Humanos criticam a instalação prisional chamando-a de “buraco negro dos Direitos Humanos”. Enquanto diversos funcionários da ONU descreveram o Cecot como um “poço de aço”, construído para “despachar os prisioneiros sem aplicar a pena de morte”.

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Um relatório do grupo de direitos humanos Cristosal concluiu que 174 reclusos foram torturados e mortos de forma violenta desde que o Presidente Nayib Bukele lançou a dura campanha contra as gangues.

O aumento da criminalidade em El Salvador remonta à guerra civil na década de 1980 que empurrou muita população de latino-americanos a refugiarem-se nos EUA. Terá sido nas rua de Los Angeles que se formaram os gangues MS-13 e Barrio 18.

Quando a guerra terminou, os grupos de El Salvador regressaram ao país e com eles trouxeram as suas afiliações a gangues, rivalidades e violência.

As autoridades estimam que o Barrio 18 tenha cerca de 65 mil membros globais, enquanto o MS-13 tem entre 50 mil e 70 mil.

No rol dos crimes estão os homicídios, tráfico sexual e de drogas, extorsão, lavagem de dinheiro e sequestro.

O número de assassinatos em El Salvador – considerado por muitos como a capital mundial do homícidio – caiu 56,8 por cento em 2022 após a repressão levada a cabo pelas medidas do Governo.

Fonte: EBC Internacional

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Pior Incêndio de Los Angeles: Aviões, Bombeiros e Caminhões no Combate ao Fogo

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Los Angeles enfrenta o incêndio mais destrutivo de sua história, que já consumiu bairros inteiros e obrigou milhares de moradores a abandonar suas casas. Uma força-tarefa composta por aviões-tanque, caminhões e bombeiros foi mobilizada para combater o fogo e dar apoio às vítimas.

O incêndio teve início na terça-feira (7), em Pacific Palisades, e se espalhou rapidamente, atingindo quase 1.200 hectares. A região, conhecida por abrigar mansões de bilionários e celebridades, foi gravemente afetada.

Até quinta-feira, as chamas continuaram a se alastrar incontroláveis, com vários focos atingindo áreas turísticas e Hollywood. Pelo menos 1.900 imóveis, incluindo casas, empresas e escolas, foram destruídos. Aproximadamente 130 mil pessoas foram orientadas a evacuar, enquanto 400 mil residências ficaram sem energia elétrica. O saldo até o momento é de pelo menos cinco mortos.

A operação de combate ao incêndio conta com aviões, helicópteros e caminhões de bombeiros. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou o envio de 10 helicópteros e dezenas de veículos para reforçar a operação. Além disso, o governo federal enviará cinco aviões-tanque para ajudar no combate às chamas.

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Crise no abastecimento de água
As autoridades locais pediram à população que economizasse água depois que alguns hidrantes secaram. Bombeiros enfrentam dificuldades para garantir o abastecimento na região de Pacific Palisades, o que foi destacado pela chefe do Departamento de Água e Eletricidade de Los Angeles, Janisse Quiñones. Ela explicou que a cidade dispõe de três grandes tanques de água, cada um com capacidade para um milhão de galões (aproximadamente 3,78 milhões de litros), mas a situação de abastecimento segue crítica. Imagens mostraram aviões bombeiros retirando água do mar para combater as chamas. Além disso, algumas áreas estão sendo orientadas a ferver a água potável devido à contaminação.

Ajuda aos desalojados
A Casa Branca está monitorando a situação e enviou recursos para auxiliar os desalojados. Voluntários têm se mobilizado para distribuir alimentos, roupas e cobertores em abrigos temporários, como o Centro de Convenções de Pasadena, onde centenas de pessoas receberam apoio da Cruz Vermelha.

Assistência financeira e remoção de veículos
O governador Gavin Newsom informou que o apoio federal também incluirá o envio de recursos financeiros para os governos locais, a fim de cobrir os custos de resposta ao incêndio. Imagens de TV mostraram tratores removendo carros abandonados das estradas para permitir a passagem dos veículos de emergência.

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