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Políticas atuais levam a Terra para aquecimento de 2,8°C, alerta ONU

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A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou hoje (27) que as políticas internacionais atuais estão levando a Terra para um aquecimento de 2,8°C até o fim do século. O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que o mundo se dirige para uma catástrofe. 

Em mensagem de vídeo, ele cita relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) que mostra que, longe de limitar o aquecimento global a 1,5ºC ou 2°C acima dos níveis pré-industriais, a forma como os países estão agindo agora, incapazes de cumprir as próprias promessas, levará as temperaturas a atingir 2,8°C até 2100.

Se forem cumpridos os compromissos concretos assumidos na última Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26), realizada em Glasgow no ano passado, a projeção apenas diminui para 2,4 ou 2,6°C até o fim do século, disse ele. O relatório lembra que atualmente a Terra já está 1,1°C mais quente do que nos tempos pré-industriais.

A menos de duas semanas da COP27, na cidade egípcia de Sharm el-Sheik, Guterres avisou que os objetivos de neutralidade de carbono “não valem nada” sem ações para honrá-los. Ele pediu aos governos, principalmente aos do G20, o grupo das 20 maiores economias mundiais, a grupos privados e instituições financeiras que feche “a lacuna” entre esses compromissos e o que seria necessário para respeitar os objetivos do acordo de Paris.

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Guterres avisou que o “mundo não pode dar-se ao luxo de greenwashing, expressão que significa a apropriação ilegítima de virtudes ambientalistas por parte de pessoas ou instituições, por meio de técnicas de marketing e relações públicas.

Milhares de empresas anunciaram metas de neutralidade carbônica, mas muitas são suspeitas ou acusadas abertamente de não cumprirem o compromisso em ações ou investimentos, o que é facilitado pela ausência de estrutura internacional comum para avaliar e supervisionar os compromissos de redução de emissões.

Lembrando a necessidade de investir massivamente nas energias renováveis, o secretário apelou ainda para a criação de um “pacto histórico” entre as economias desenvolvidas e emergentes do G20, a fim de impulsionar uma transição energética justa.

Segundo o relatório do Pnuma, o mundo está se afastando dos combustíveis fósseis de forma demasiadamente devagar.

O Acordo de Paris, principal tratado de combate ao aquecimento global, concluído em 2015, estabelece o objetivo de conter “o aumento da temperatura média do planeta bem abaixo de 2°C” e, se possível, abaixo de 1,5°C em relação à era pré-industrial, quando os países começaram a usar em quantidade os combustíveis fósseis.

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A COP26 convocou os quase 200 países que assinaram o acordo a fortalecer suas cartas de compromisso, detalhando planos de redução de emissões, tecnicamente chamadas de “contribuições determinadas nacionalmente” (NDC).

Até o fim de setembro, apenas 24 países haviam apresentado NDC novas ou revistas, o que só ajudaria a reduzir as emissões em 2030, em apenas um pequeno ponto percentual adicional, segundo cálculos do Pnuma.

*Com informações da RTP – Rádio e Televisão de Portugal

Edição: Graça Adjuto

Fonte: EBC Internacional

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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