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Câmara adia para esta quarta-feira votação de projeto sobre igualdade salarial entre mulheres e homens

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POLITÍCA NACIONAL

Foi adiada para esta para quarta-feira (3) a votação do PL 1085/23, do Poder Executivo, que institui medidas para tentar garantir a igualdade salarial entre mulheres e homens para o mesmo tipo de função. O adiamento vai garantir o cumprimento de acordo firmado no Plenário entre governo e oposição.

“Assim teremos um tempo de leitura da matéria pelos deputados até amanhã, o que foi reivindicado pela oposição, mas não teremos novas matérias adicionadas”, disse a deputada Maria do Rosário (PT-RS), que presidia a sessão. A proposta tramita em regime de urgência constitucional e tranca a pauta de votações.

Penalidade
A oposição criticou algumas das punições previstas pelo texto. O deputado Domingos Sávio (PL-MG) afirmou que a multa prevista no texto poderia punir exageradamente as empresas. “A multa que se pretende aplicar é sobre a folha de pagamento total de uma empresa. Imagine, por exemplo, uma rede de supermercados, uma rede de lojas espalhada pelo Brasil inteiro. Existem folhas de pagamento de dezenas de milhões de reais. Uma multa dessas vira uma coisa astronômica por causa de uma falha no relatório”, disse.

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O líder do PT, deputado Zeca Dirceu (PT-PR), afirmou que a relatora aceitou 27 pedidos de alteração da proposta. “O tema não é, novamente, de governo ou oposição, ou de PT ou PL. O que está em jogo aqui é o direito das mulheres de terem remuneração igual à dos homens quando desempenham as mesmas funções. É só isso. É claro que, para quem não cumprir isso, tem que haver algum tipo de penalidade. Não há como retirar todas as penalidades”, disse o deputado.

Debates
A relatora, deputada Jack Rocha (PT-ES), destacou que o projeto cria meios para que a desigualdade salarial já proibida pela Consolidação das Leis Trabalhistas seja punida. “Apesar de todo o arcabouço legislativo já em vigor, persistem fatores discriminatórios e dificultadores das ações de fiscalização que levam ao descumprimento da legislação vigente”, disse.

Ela lembrou que a disparidade salarial entre homens e mulheres foi aprofundada durante a pandemia. “O emprego feminino é duas vezes mais vulnerável do que o masculino. No período da pandemia, as mulheres representavam 39% dos empregos no mundo, mas totalizaram 54% das demissões”, apontou.

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Para a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), as mulheres são discriminadas no mercado de trabalho e ainda precisam lidar com a segunda jornada em casa. “A desigualdade de gênero no mercado de trabalho é um problema a ser combatido. Não é possível que mais da metade da população seja diminuída no seu labor em função da única questão de ser mulher”, disse. Ela afirmou ainda que as multas deverão ser definidas de acordo com tamanho das empresas, na forma da regulamentação.

O deputado Gilson Marques (Novo-SC), no entanto, defendeu a rejeição da proposta. Para ele, o empregador não faz distinção entre os trabalhadores, mas se preocupa com o resultado final da empresa. “Nessa relação, pouco importa para o empregador se é homem ou mulher. E é óbvio que nós todos aqui queremos a igualdade de direito”, opinou.

Reportagem – Carol Siqueira e Eduardo Piovesan
Edição – Geórgia Moraes

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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