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Câmara coloca à disposição documentos originais em formato digital da Constituição de 1891

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Paulo Sergio/Câmara dos Deputados
Discussão e votação de propostas. Dep. Enrico Misasi PV-SP
Misasi: documentos da Constituição de 1891 ajudam a refletir sobre momento atual

Já está disponível para todo o púbico na internet os documentos originais digitalizados do Congresso Nacional Constituinte de 1890-1891. O serviço é prestado pelo Arquivo Histórico da Câmara. São 1.540 itens documentais: originais de emendas, requerimentos, declaração de votos dos parlamentares e, até mesmo, cartas da população. Há também livros com registros das discussões que levaram à formulação da Constituição de 1891 e 185 fotos.

A Constituição de 1891 é a primeira da era republicana do Brasil. E representou um momento de ruptura histórica, com a passagem do sistema monarquista para o sistema presidencialista. Outra mudança promovida pela Lei Maior do País à época foi a instituição do federalismo, com a criação dos estados, o que representou uma descentralização do poder. Foi também a Constituição de 1891 que previu a divisão dos três poderes, ainda vigente até os dias atuais.

O deputado Enrico Misasi (PV-SP) lembrou a importância dos arquivos da Câmara para o conhecimento da História por acadêmicos e também pelo cidadão comum. O parlamentar ressaltou que é, por meio do estudo do passado, que se pode tomar melhores decisões no presente. 

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Semipresidencialismo
Misasi destacou, ainda, que os documentos sobre a Constituição de 1891 podem ajudar na reflexão para o momento atual, quando a Câmara começa, mais uma vez, a discutir uma importante mudança no sistema de governo do Brasil, com o semipresidencialismo.

“Centro e trinta e poucos anos depois, a gente está discutindo sistema de governo no Brasil. Então nós estamos discutindo semipresidencialismo, avanços e modernizações institucionais no sistema de governo”, observou Misasi.

A consultora da Câmara Maria Luiza Backes considera que o acesso público aos arquivos da Constituição de 1891 tem um valor inestimável. Ela lembrou a própria experiência acadêmica, quando realizou pesquisa sobre presidencialismo para sua tese de doutorado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Além dos documentos originais, também estará disponível na página do Arquivo Histórico da Câmara uma cópia digital da primeira Constituição republicana brasileira, promulgada no dia 24 de fevereiro de 1891.

Para ter acesso, basta entrar na página do Arquivo Histórico da Câmara.

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Reportagem – Silvério Rios
Edição – Roberto Seabra

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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