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Comissão aprova criação da Política Nacional do Voluntariado

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A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou proposta que cria a Política Nacional do Voluntariado para incentivar o engajamento, a responsabilidade cívica e social e a participação de cidadãos por meio de ações voluntárias. 

A política deverá ser executada de forma articulada entre governo, sociedade civil e setor privado, adotando como princípios a cidadania, a ética, a fraternidade, a tolerância, a solidariedade e os direitos humanos, entre outros.

O texto aprovado é o substitutivo da relatora, deputada Maria Rosas (Republicanos-SP), ao Projeto de Lei 11278/18, apresentado pelo Poder Executivo no fim do governo Temer, e apensados.

A proposta prevê a criação de um conselho gestor da política na Presidência da República, o qual será responsável por fomentar projetos que estimulem o engajamento nas atividades voluntárias; firmar parcerias para mobilizar, divulgar e desenvolver atividades voluntárias; promover a gestão de base de dados e estatísticas sobre o voluntariado no Brasil; entre outras competências.

Ações de incentivo
Segundo o texto, o poder público da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios poderá promover ações de premiação e de incentivo ao voluntariado, inclusive junto a entidades internacionais. Os governos deverão fazer constar dos projetos de planos plurianuais e de leis de diretrizes orçamentárias as ações programáticas e os instrumentos de apoio às ações de voluntariado.

De acordo com a proposta, horas de atividades voluntárias poderão ser computadas em processos de licença para capacitação, conforme regulamento. 

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As instituições de educação básica e superior, públicas e privadas, e os sistemas de ensino poderão também estimular atividades de voluntariado, e essas atividades poderão ser contabilizadas como atividades acadêmicas de extensão, para efeito de cumprimento da carga horária curricular dos cursos de graduação. “Trata-se de medida salutar, com vistas a estimular os estudantes a exercerem os ideais de solidariedade”, explicou a relatora, que incluiu a medida no texto.  

Direitos e deveres
O substitutivo fixa alguns direitos e deveres dos voluntários. Entre os direitos estão o de ter acesso a informações sobre a atividade voluntária e sobre a instituição promotora a que estiver vinculado; e ser ressarcido de despesas previamente autorizadas e comprovadas, caso haja previsão nesse sentido no termo de adesão. 

Os deveres incluem não demandar ou aceitar qualquer tipo de remuneração, benefício, vantagem ou compensação material, exceto a ajuda de custo ou ressarcimento de despesas previamente autorizadas; e informar à instituição quaisquer situações que possam constituir violação aos direitos humanos.

Já os direitos da instituição promotora da atividade de voluntariado incluem requerer ao voluntário a assinatura de termo de adesão, em meio impresso ou digital, e suspender ou extinguir o termo de adesão quando a conduta do voluntário estiver em conflito com os objetivos da instituição. 

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Os deveres incluem oferecer capacitação adequada para os voluntários; garantir ao voluntário níveis de segurança e de higiene compatíveis com aqueles oferecidos aos seus próprios empregados; selecionar os voluntários sem qualquer tipo de discriminação; e manter cadastro atualizado de seus voluntários.

Alterações
A relatora incluiu no texto a previsão de que o voluntário deve respeitar os dados dos beneficiários das atividades voluntárias, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais.

O texto aprovado também inova ao tratar de ações de voluntariado em situações emergenciais. “O poder público da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios poderá mobilizar as entidades da sociedade civil e do setor privado para, em missão conjunta, desenvolverem ações de voluntariado em situações de emergência e de calamidade pública no País”, explicou Maria Rosas.

Tramitação
A proposta foi aprovada em dezembro pela Comissão de Educação e será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Administração e Serviço Público; e de Constituição, Justiça e de Cidadania. 

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem – Lara Haje
Edição – Pierre Triboli

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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