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Comissão da Violência Obstétrica avalia nascimentos prematuros no Brasil

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A comissão especial sobre violência obstétrica e morte materna da Câmara dos Deputados promove novo debate na próxima terça-feira (23), a pedido das deputadas Sâmia Bomfim (Psol-SP), Antônia Lúcia (Republicanos-AC), Lídice da Mata (PSB-BA), e da presidente do colegiado, Soraya Santos (PL-RJ). Desta vez, sobre o aumento da prematuridade no País.

A violência obstétrica atinge diretamente as mulheres e pode ocorrer durante a
gestação, parto e pós-parto. “É o desrespeito à mulher, à sua autonomia, ao seu corpo e aos seus processos reprodutivos”, afirma Antônia Lúcia.

‘Uma em cada quatro mulheres sofreram durante o período de a gestação, pré-parto, perda gestacional, parto e puerpério”, afirma Soraya Santos. A deputada alerta, no entanto, que esse número pode ser bem maior, já que várias agressões e procedimentos desnecessários costumam ser naturalizados pelas grávidas.

Cesarianas
Lídice da Mata afirma que a violência obstétrica é um dos grandes desafios a serem enfrentados no cenário de atenção às mulheres, “o que requer o direcionamento de olhares a outros espaços de nascimento, como o domiciliar”.

No Brasil, no entanto, o modelo predominante de nascer é cesariana, lamenta Sâmia Bomfim. “Dados do Ministério da Saúde apontam que essas cirurgias compreendem 56% dos nascimentos no Brasil, sendo que no sistema particular de saúde os números chegam a 88%.”

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Sâmia ressalta ainda que bebês nascidos de cesarianas apresentam riscos maiores de dificuldades respiratórias e são internados, em UTI neonatal, com mais frequência. “Quando não tem indicação clínica, a cesariana aumenta em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios para o recém-nascido e triplica o risco de morte da mãe”, afirma a deputada.

Foram convidados para audiência, entre outros, a diretora-executiva da ONG Prematuridade, Denise Suguitani, e a presidente da Rede pela Humanização do Parto e Nascimento, Daphne Rattner.

A audiência será realizada no plenário 4, a partir das 15 horas.

Da Redação – ND

Fonte: Câmara dos Deputados

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MATO GROSSO

Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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