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Comissão de Educação debate programa de escolas cívico-militares

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A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados realiza audiência pública na próxima segunda-feira (22) para discutir o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), por meio do qual a gestão de escolas públicas de ensino fundamental e médio passa a ser compartilhada entre educadores e militares, das Forças Armadas e polícias.

O programa foi criado pelo governo Bolsonaro. Segundo o Ministério da Educação, o objetivo era “melhorar o processo de ensino-aprendizagem nas escolas públicas e se baseia no alto nível dos colégios militares”.

O deputado Pedro Uczai (PT-SC), que pediu a realização do debate, no entanto, questiona essa gestão compartilhada. “A gestão escolar tem como princípios a gestão democrática, a autonomia pedagógica, administrativa e financeira, enquanto que a gestão militar tem o modelo essencialmente hierárquico, sem abertura para participação coletiva nos processos de tomada de decisão”, compara o parlamentar.

O suposto desrespeito à autonomia pedagógica e administrativa das escolas levou o deputado Ivan Valente (Psol-SP) a apresentar um projeto que suspende o Programa das Escolas Cívico-Militares (PDL 643/19). O texto está em análise na Comissão de Educação.

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Uczai afirma ainda que, nas escolas militares, grande parte dos estudantes são filhos de militares e optam por uma formação para se tornarem militares no futuro. “A educação pública apresenta estudantes com perfis socioeconômicos variados”, compara o deputado. “Estudantes que, em sua grande maioria, não pretendem se tornar militares.”

Convidados
Foram convidados para discutir o assunto na comissão, entre outros:
– a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Kátia Helena Serafina Cruz Schweickardt;
– o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Manoel Gomes de Araújo Filho; e
– a presidente da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), Jade Beatriz.

A audiência, que recebeu apoio dos deputados Tarcísio Motta (Psol-RJ) e Socorro Neri (PP-AC), será realizada no plenário 10 a partir das 14 horas.

Da Redação – ND

Fonte: Câmara dos Deputados

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MATO GROSSO

Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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