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Comissão de Segurança discute combate a crimes transfronteiriços

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POLITÍCA NACIONAL

A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados discute a política nacional de enfrentamento aos crimes transfronteiriços nesta terça-feira (11) com representantes das polícias, do Exército e da Receita Federal.

O Brasil tem 16.885 km de fronteira, fazendo divisa com 10 dos 12 países da América do Sul (só Equador e Chile não fazem fronteira com o Brasil). “Já a faixa de fronteira, que compreende o espaço de 150 km de largura, ao longo das fronteiras terrestres, corresponde a 27% do território nacional, abrangendo 588 municípios”, explica o deputado Coronel Ulysses (União-AC), que pediu a realização do debate.

O parlamentar lembra que alguns países que mantém fronteira com o Brasil destacam-se pela produção de substâncias entorpecentes e comercialização clandestina de armas de fogo. “Esses fatores alimentam a crescente violência na faixa de fronteira”, afirma.

Nesse ambiente complexo, a defesa da soberania se confunde com programas de segurança pública. Apesar da vasta legislação que disciplina a atuação do Estado na proteção das faixas de fronteira, o deputado observa que não há “efetivamente uma coordenação integrada dos esforços para vigilância e enfrentamento aos crimes transfronteiriços, possibilitando ambiente fértil para exploração do crime organizado”.

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Coronel Ulysses reclama, por exemplo, da falta de efetivo da Polícia Federal, do baixo envolvimento do Exército nas estratégias e ações operacionais de fronteira, do baixo investimento no combate a organizações criminosas e da falta de recursos para desenvolver essas regiões. Todos esses fatores, na opinião dele, permitiram ao crime organizado na fronteira se desenvolver “de forma agressiva ao redor dos limites do estado brasileiro”.

Algumas unidades federadas tomaram a iniciativa de constituir estruturas policiais locais destinadas ao enfrentamento dos crimes transfronteiriços. O Programa Guardiões da Fronteira fortaleceu essas iniciativas e, segundo o deputado, promoveu “um prejuízo de mais R$ 6 bilhões ao crime organizado, nos três primeiros anos de vigência.

“Apesar dos resultados satisfatórios promovidos pelo Programa Guardião da Fronteira, faz-se necessário aprofundar o debate sobre a política de
proteção da faixa de fronteira de nosso País”, afirma Ulysses.

Debatedores
Foram convidados para debater o assunto, entre outros:
– o coordenador do Grupo Especial de Fronteira do Acre, Cleudo dos Santos Maciel;
– o comandante Batalhão de Policiamento de Fronteira da Polícia Militar do Paraná, Eldison Martins do Prado;
– o diretor do Departamento de Operações de Fronteira do Mato Grosso do Sul, Everson Antônio Rozeni;
– o coordenador Operacional de Vigilância e Repressão da Receita Federal, Alexandre Martins Angoti; e
– representantes do Exército e do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

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O debate será realizado no plenário 6, a partir das 9 horas.

Da Redação – ND

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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