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Comissão mista da reestruturação de ministérios suspende reunião sem votar plano de trabalho

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Um pedido de vista adiou nesta quarta-feira (12) a conclusão da primeira reunião da comissão mista do Congresso Nacional criada para analisar a Medida Provisória 1154/23. A MP redefine a estrutura do Poder Executivo Federal, fixando o número de ministérios em 31 e prevendo outros seis órgãos com status de ministério ligados à Presidência da República. A reunião será retomada nesta quinta-feira (13), às 10h.

Ontem, o colegiado elegeu o senador Davi Alcolumbre (União-PA) para presidente. Ele designou como relator o deputado Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL). Em seguida, a reunião foi suspensa.

Nesta quarta-feira, com a retomada dos trabalhos e a eleição deputado Marco Bertaioli (PSD-SP) como vice-presidente da comissão, Bulhões Jr. propôs um plano de trabalho prevendo a realização de duas audiências públicas e a apresentação e a votação do relatório no dia 25 de abril.

Editada no primeiro dia do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a MP já teve o prazo prorrogado e precisa ser votada pela comissão mista e pelos Plenários da Câmara dos Deputados e do Senado até o dia 1° de junho, ou perderá a validade.

“O plano de trabalho prevê duas audiências públicas, devido logicamente ao prazo curto que teremos”, destacou o relator. “Sugerimos a realização de audiência com representantes de ministérios. Em seguida, propomos audiência com representantes da sociedade civil. Depois, será apresentado o parecer para discussão e votação”, conclui Bulhões Jr.

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O cronograma apresentado pelo relator prevê a realização da primeira audiência já nesta quinta-feira, às 10h30, para ouvir representantes da Casa Civil e do Ministério de Gestão e Inovação.  A outra reunião ouvirá a sociedade civil no dia 18 de abril.

Pedido de vista
No momento em que Bertaioli, que presidia os trabalhos, anunciou a votação do plano de trabalho, o deputado Danilo Forte (União-CE) pediu a palavra para lamentar a ausência de senadores no colegiado e para sugerir emendas à medida provisória. Em seguida, Forte anunciou um pedido de vista, mesmo sabendo que o ato compromete o cronograma de trabalho proposto pelo relator.

“Essa decisão política que tomei foi em função do que a gente sofreu. Esse prazo poderia ter sido superado se tivéssemos começado a discussão diretamente na Câmara. Por outro lado, o Senado, que lutou por essas comissões mistas, precisa participar dessas reuniões”, disse Forte, que manteve a decisão mesmo diante de apelos do vice-presidente do colegiado e do líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues.

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“Estamos há 70 dias dessa medida provisória, ela foi assinada no dia 1º de janeiro. De todas, essa eu diria que é a mais sensível, pelo impositivo constitucional que não prevê a reedição de uma medida provisória.  Ou seja, temos 50 dias para votá-la na comissão mista, para depois encaminhá-la para os plenários da Câmara e do Senado”, disse Rodrigues.

O líder do governo no Congresso sugeriu suspender a reunião e retomá-la amanhã às 10h, para não inviabilizar o cronograma proposto pelo relator.

Com a proposta de acordo, o vice-presidente do colegiado, deputado Marco Bertaioli, suspendeu novamente a reunião.

Estrutura
Dos 37 órgãos previstos na medida provisória, 13 já existiam na gestão anterior, 19 foram criados por desmembramento de pastas, 2 foram renomeados e 3 foram criados. O ministério da Economia, por exemplo, foi desmembrado em quatro pastas: Fazenda; Planejamento e Orçamento; Gestão e Inovação dos Serviços Públicos; e Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Sem vínculo com estruturas anteriores são criados os ministérios da Igualdade Racial; e dos Povos Indígenas.

Reportagem – Murilo Souza
Edição – Ana Chalub

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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