POLITÍCA NACIONAL
Comissão vai acompanhar julgamento do Cade sobre consórcio no mercado de GLP
POLITÍCA NACIONAL
Por sugestão do deputado Carlos Zarattini (PT-SP), a Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados poderá acompanhar o processo de análise, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), da formação de um consórcio entre a Supergasbras e Ultragaz. As duas empresas respondem conjuntamente por 44% do mercado brasileiro de distribuição de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o gás de cozinha.
O assunto foi debatido nesta terça-feira (30) na comissão, em audiência pública proposta por Zarattini. O receio do deputado é que o consórcio gere concentração ainda maior do mercado de GLP, com prejuízo para o consumidor final. Além do consumo residencial, o gás é usado na indústria, comércio e agronegócio.
“A situação é muito delicada. Vamos analisar e acompanhar esse processo”, disse Zarattini. “Muito preocupa a essa comissão que haja qualquer tipo de monopólio ou dominância sobre esse mercado tão sensível e importante”.
O consórcio entre as duas empresas foi anunciado no ano passado. Em março deste ano, a Superintendência-Geral do Cade aprovou o acordo, mas a conselheira Lenisa Prado pediu mais alguns esclarecimentos. O julgamento deve ocorrer em breve.

Polêmica
O acordo entre Supergasbras e Ultragaz dividiu a opinião dos debatedores na Comissão de Minas e Energia. Segundo os representantes das duas empresas, trata-se de um consórcio operacional, em que serão compartilhados apenas bases de envase e carregamento do GLP. A medida vai propiciar, segundo eles, redução de custos fixos e variáveis da operação. As companhias continuarão com suas estratégias individuais de precificação do GLP.
“As empresas continuam e continuarão competindo entre si no relacionamento com o seu consumidor final e com a sua rede de revenda”, disse o diretor de relações institucionais e contratos da Supergasbras, Ricardo Tonietto. O mesmo foi enfatizado pelo diretor de desenvolvimento de negócios da Ultragaz, Aurélio Ferreira. “Toda a estrutura comercial está separada, toda a logística está separada”, afirmou.
Para a concorrência, no entanto, o consórcio é uma fusão disfarçada e vai reduzir a competição no segmento, com prejuízo para o consumidor. “Se a Coca-cola e a Pepsi passassem a envasar o refrigerante delas nas mesmas fábricas, iriam competir da mesma forma que eles competem hoje?”, questionou o vice-presidente de operações e estratégia da Copa Energia, Pedro Turqueto. A empresa entrou como parte interessada no processo que está sendo analisado no Cade.
Sem concorrência
O consórcio também não é bem visto entre os revendedores de GLP, que atendem o consumidor final. O presidente da entidade que reúne revendedores de todo o País (Abragás), José Luiz Rocha, afirmou que o acordo entre Supergasbras e Ultragaz vai reduzir a opção de compra dos revendedores e reforçar as barreiras de entrada para novos competidores. “Não entendo como isso gera concorrência, como gera melhora para o consumidor final”, disse.
Os representantes dos trabalhadores do setor de gás também criticaram o consórcio. O receio é que a nova estrutura leve a demissões nas duas empresas. “Hoje já é um oligopólio. Amanhã será um duopólio. E finalmente vai ser um monopólio privado para sacrificar os trabalhadores e a sociedade”, disse Ângelo Martins, presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo do Estado do Rio Grande do Sul (Sitramico-RS).
Reportagem – Janary Júnior
Edição – Rachel Librelon
Fonte: Câmara dos Deputados


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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