POLITÍCA NACIONAL
Debatedores apontam desafios para implementação plena do ECA
POLITÍCA NACIONAL
Debatedores apontaram nesta segunda-feira (11), em audiência pública na [[g Comissão de Legislação Participativa]] da Câmara dos Deputados, os desafios do Brasil para garantir a aplicação plena do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que completa 32 anos na próxima quarta-feira (13).
Considerado o maior sistema de proteção de crianças e adolescentes do planeta pela Organização das Nações Unidas (ONU), o ECA ainda é visto por especialistas como letra morta na garantia dos direitos à vida, à saúde, à alimentação e à educação.
“A gente precisa refazer esse pacto para ir além das palavras, além do texto da Constituição e da lei, para que se transforme em ações reais na sociedade”, disse Diego Alves, presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda).
Mortalidade
Professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Ana Paula Motta citou como avanços do ECA a redução da mortalidade de crianças e a ampliação do acesso à escola, mas disse que o País vive hoje um processo de precarização da vida de crianças e adolescentes.
“A morte de um adolescente significa que nós, adultos, sociedade, família, escola, Estado não conseguimos proteger o desenvolvimento desse sujeito. É um processo de precarização da vida que eu chamo de ‘juvenicídio’”, disse.
Fome e trabalho infantil
Coordenadora Nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (Coordinfância) do Ministério Público do Trabalho, Ana Maria Vilareal comentou o número de pessoas passando fome no País para falar sobre o trabalho infantil. “Com a gente voltando para o Mapa da Fome, vamos ter uma explosão do trabalho infantil. Estamos na iminência de aumentar uma tragédia”, alertou.
Segundo a procuradora, uma pesquisa do [[g IBGE]] de 2019 mostrou que o Brasil tem 1,8 milhão de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil. “Quando a criança está em trabalho infantil, ela tem todos os seus direitos violados”, acrescentou.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS), uma das que propôs o debate sobre os 32 anos do ECA, também ressaltou o problema da fome na infância e na adolescência. “Eu vejo nos dias atuais que a criança e o adolescente são um espelho do abandono total em que se encontram as famílias brasileiras. São 33 milhões de pessoas colocadas em situação de insegurança alimentar, condição que nós já havíamos superado”, destacou.
Representando a Coalizão Brasileira pelo fim da Violência contra Crianças e Adolescentes, Lucas Lopes, assim como os deputados Erika Kokay (PT-DF) e Celio Moura (PT-TO), cobrou uma maior participação de crianças e adolescentes no planejamento das políticas públicas passa essa faixa etária.
“O plano nacional de enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes, recentemente publicado pelo governo federal, foi construído com a participação de pessoas físicas e sem organizações da sociedade civil. Crianças e adolescentes não foram escutados”, criticou.
A reunião para debater os 32 anos do ECA foi proposta pelos deputados Maria do Rosário, Frei Anastácio Ribeiro (PT-PB), Leonardo Monteiro (PT-MG), Célio Moura, Luiza Erundina (Psol-SP), Padre João (PT-MG), Talíria Petrone (Psol-RJ) e Erika Kokay.
Da Redação
Edição – Ana Chalub
Fonte: Câmara dos Deputados Federais


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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