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Debatedores defendem fortalecimento da agricultura familiar para reduzir a fome no País

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A agricultura familiar não vive sem políticas públicas, declarou o deputado Heitor Schuch (PSB-RS) durante seminário que marcou o relançamento da Frente Parlamentar Mista de apoio ao setor. Coordenador do grupo, ele apontou que a agricultura familiar não teve apoio no governo passado e comemorou a recriação do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar pelo governo Lula.

Para o titular da pasta, deputado licenciado Paulo Teixeira, o primeiro desafio é tirar o País do mapa da fome, do qual o Brasil tinha saído em 2014. Ele elencou políticas públicas que estão sendo estruturadas, como o estímulo para a produção de alimentos dentro do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e o aumento, de 12% para 30%, do percentual de alimentos da agricultura familiar a serem comprados pelas prefeituras para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

Durante o relançamento da frente parlamentar, o ministro Paulo Teixeira criticou a atuação do Pronaf no governo Bolsonaro.

“O Brasil aumentou a produção de grãos, aumentou a área plantada de grãos, e o Pronaf, que é um financiamento atinente à agricultura familiar, foi para a soja e para o milho e deixou de financiar o plantio de arroz, de feijão, de mandioca, de hortaliças”, apontou.

Pós-pandemia
Rafael Zavala, representante da agência da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), ofereceu apoio para que o Brasil, além de sair do mapa da fome, consolide uma liderança mundial no mapa de políticas públicas de inclusão para a agricultura familiar, enfocando temas como mulheres rurais e alimentação saudável.

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“Este é um novo mapa de políticas públicas dentro de um contexto de pós-pandemia, dentro de um contexto da tempestade perfeita que tem a segurança alimentar, produto da crise pós-pandêmica, da crise da guerra da Rússia contra a Ucrânia, da inflação, dos preços da agricultura e precisamente temos que reforçar e redobrar os esforços para políticas públicas mais sustentáveis, mais inclusivas e mais efetivas”.

Sistemas mais justos
Professora de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Cátia Grisa ressaltou avanços, como o reconhecimento dos povos tradicionais e um maior diálogo com os consumidores urbanos, mas também sublinhou, a partir de estudos internacionais, a insustentabilidade dos sistemas alimentares.

“Embora a gente tenha aumentado a produção de alimentos, esses alimentos são feitos com base na desigualdade, eles vão gerando muita desigualdade, seja na esfera da produção, na parte da transformação e na dinâmica do consumo”, disse. Ela defendeu que é preciso pensar sistemas alimentares mais justos e inclusivos. “Além de serem pautados na reprodução da desigualdade, se produz muita comida, mas não é uma comida saudável, que resolve nossos problemas da má alimentação”.

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O coordenador da Frente Parlamentar Mista, deputado Heitor Schuch, salienta que não é contrário à agricultura das grandes propriedades, uma atividade empresarial voltada à exportação e que traz divisas ao país. Mas afirma que a agricultura familiar responde por 70% da produção nacional e lembra uma frase popular entre os pequenos e médios produtores rurais: “Se o agricultor não planta, a cidade não almoça e não janta”.

Em entrevista à Rádio Câmara, ele destacou uma das prioridades da frente parlamentar: a conquista de mercados para a agricultura familiar.

“Nós temos o maior carinho, o maior amor pelo consumidor, porque se não tiver o consumidor, não vai ter agricultura familiar. Vai plantar pra vender pra quem? Então, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o PNAE, essa coisa das escolas, dos presídios, do Exército, enfim, das Forças Armadas, que são grandes consumidores também, a exemplo dos municípios para a merenda escolar, esse é o grande propósito do nosso trabalho”, afirmou.

Outra prioridade, segundo o parlamentar, é a discussão sobre as regras do Plano Safra, já que o novo ano agrícola começa no dia 1º de julho.

Reportagem – Cláudio Ferreira
Edição – Ana Chalub

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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