POLITÍCA NACIONAL
Debatedores dizem que mulheres negras e pobres são maiores vítimas violência obstétrica
POLITÍCA NACIONAL
Especialistas ouvidos pela Comissão Especial sobre Violência Obstétrica e Morte Materna afirmaram que as mulheres negras, indígenas e de baixa renda são as maiores vítimas. O debate aconteceu na primeira audiência pública da Comissão, que ouviu representantes de secretarias de Saúde de cinco estados para entender o cenário brasileiro.
Para o secretário de Saúde do Rio de Janeiro, o deputado licenciado Luiz Antônio Teixeira Júnior, o maior problema no Brasil nos últimos anos é a falta de investimento na qualificação do pré-natal, que impacta diretamente no número de mortes maternas.
E a cor de pele está relacionada com o pré-natal inadequado, afirmou a secretária de Saúde de Santa Catarina, a ex-deputada Carmen Zanotto, que defendeu a discussão sobre violência obstétrica dentro das instituições de ensino de saúde.
“As mulheres negras morrem mais que as brancas, mesmo tendo a mesma escolaridade e o mesmo acesso ao pré-natal. Está comprovado que nós profissionais da enfermagem dedicamos menos tempo na assistência do pré-natal à mulher negra que à mulher branca”, disse.
A presidente da Comissão, deputada Soraya Santos (PL-RJ), entende que as gestantes precisam primeiramente de informação.
“O primeiro ponto de violência é justamente a mulher desconhecer todos esses problemas. É ela não ter durante todo o protocolo de atendimento alguém para dizer se é melhor o parto ou a cesárea, quais são os riscos de um e de outro”, aponta.
Renda
Teixeira Júnior disse que mulheres de baixa renda são ainda mais afetadas, uma vez que a discriminação faz com que enfermeiros ou obstetras se achem no direito de tomar a decisão por elas sobre qual tipo de parto ter, por exemplo, sem explicar cada procedimento.
O ginecologista João Rocha Vilela defende que é função do médico orientar a paciente a realizar o procedimento mais seguro, mas diz que a imposição é sim uma forma de violência.
Morte materna
A audiência contou também com a presença de Edson Castro, o secretário-adjunto de Saúde de Roraima, que é, atualmente, o estado com maior índice de morte materna no Brasil.
O secretário pediu que a Comissão observe as peculiaridades de cada estado e explicou que, no caso de Roraima, muitas indígenas e venezuelanas chegam aos hospitais com a gestação avançada sem terem realizado pré-natal, o que aumenta o risco de morte dessas mulheres. Segundo Castro, é comum que venezuelanas venham para o Brasil apenas para o parto, com objetivo de terem filhos com nacionalidade brasileira.
Reportagem – Amanda Aragão
Edição – Ana Chalub
Fonte: Câmara dos Deputados


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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