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POLITÍCA NACIONAL

Deputados lançam manifesto contra votação de propostas que prejudicam o meio ambiente

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Elaine Menke/Câmara dos Deputados
Homenagem ao Dia Mundial do Meio Ambiente. Dep. Fernanda Melchionna PSOL-RS; Dep. Alessandro Molon PSB-RJ; Dep. Joenia Wapichana REDE-RR
Joenia Wapichana, Fernanda Melchionna e Alessandro Molon durante a sessão solene no plenário

Deputados da Frente Parlamentar Ambientalista lançaram um manifesto nesta quarta-feira (8) em que denunciaram propostas que consideram prejudicais ao meio ambiente e que estão na pauta da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados.

Com o nome de “Em Defesa do Meio Ambiente e da Vida”, o documento lista propostas como o PL 2001/19, que desapropria e indeniza propriedades privadas em unidades de conservação de domínio público que não tiveram regularização fundiária.

Outro projeto citado autoriza caça esportiva de animais no País (PL 5544/20). O texto quase foi à votação na Comissão de Meio Ambiente. O coordenador da frente parlamentar, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), falou sobre a mobilização para evitar a votação. “O relator desse projeto, percebendo que nós tínhamos mais votos do que ele, decidiu retirar de pauta contra a nossa vontade. Nós gostaríamos de ter derrotado isso hoje. Infelizmente, não conseguimos o avanço que gostaríamos”, lamentou.

Sessão solene
A manifestação foi precedida de sessão solene do Dia do Meio Ambiente. Para a coordenadora do Observatório do Clima, Adriana Ramos, que falou durante a sessão, é preocupante que a pauta do Congresso Nacional tenha propostas que, segundo ela, colocam o País na contramão de compromissos assumidos internacionalmente.

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Ela lembrou que o Código Florestal, aprovado há dez anos, trouxe a promessa de segurança jurídica e o maior programa de restauração florestal do País. “Mas o que a gente vê é o contrário. Até hoje, há inúmeras propostas em tramitação aqui tentando ampliar anistias e permitir os usos privados de recursos naturais que deveriam ser de interesse público. Agora mesmo, no Senado Federal, temos um conjunto de propostas com tramitação acelerada pelo presidente da Casa, contrariando compromisso assumido por ele mesmo por ocasião do Ato pela Terra”, criticou.

O apelo foi reforçado pela representante da Rede Nacional Pró Unidades de Conservação do Meio Ambiente Angela Kucsach. Ela citou outras propostas prejudiciais na pauta Comissão de Meio Ambiente, como o PL 2001/19. “É a morte das unidades de conservação no País, porque prevê a caducidade de unidades de conservação que não estão regularizadas e é fato que ninguém lá quer discutir soluções”, disse.

Agricultor
O deputado Celso Maldaner (MDB-SC) (MDB-SC), integrante da Comissão de Meio Ambiente, afirma que é um erro enxergar o proprietário rural como inimigo. “É o agricultor que mais preserva. Se você for no meio rural, ver as nascentes, os rios, você vê como é preservado. Pode poluir na cidade, em que falta infraestrutura, mas o nosso produtor rural dá exemplo de preservação para o mundo todo.”

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Jornalista desaparecido
O jornalista Dom Philips e o indigenista Bruno Pereira, que estão desaparecidos na Amazônia desde o dia 5 de junho, foram lembrados em diversos momentos da sessão solene do Dia Mundial do Meio Ambiente.

A deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) não vê motivos para comemorar a data. “É óbvio que hoje não é um dia de comemoração, mas é um dia de luta para que a gente possa unificar os movimentos de defensores de direitos humanos, de movimentos sociais, ativistas, para que a gente possa fazer um movimento social e político para reverter esses retrocessos e, obviamente, pra denunciar internacionalmente, para exigir a localização de Dom Philips e Bruno Pereira”, ressaltou.

Reportagem – Luiz Cláudio Canuto
Edição – Geórgia Moraes

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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