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POLITÍCA NACIONAL

Educação é a melhor forma de combater violência sexual contra crianças e adolescentes, defendem debatedoras

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POLITÍCA NACIONAL

Em sessão solene na Câmara dos Deputados para lembrar o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes (18 de maio), várias participantes ressaltaram a importância da educação para prevenir esse tipo de crime. Como destacou a deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), mais de 75% dos casos de abuso ocorrem dentro de casa, e em mais de 80% dos casos os abusadores são do ciclo familiar da criança.

Já a deputada Ana Paula Lima (PT-SC), uma das que solicitaram a sessão solene, ressaltou que é determinante confiar nas vítimas, fornecer proteção e informação às crianças sobre as partes do corpo, e sobre as pessoas e as circunstâncias que as fazem se sentirem mal. Nesse processo, Ana Paula considera fundamental oferecer educação sexual às crianças.

As noções básicas de educação sexual, segundo a deputada, devem ser transmitidas nas escolas, “onde as crianças podem aprender formas de evitar, identificar e denunciar casos de abuso”. Ana Paula ressaltou que o Brasil não tem uma diretriz nacional nem material didático específico sobre educação sexual. “Essa é uma lacuna que precisa ser suprimida”, disse a deputada.

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Integrante do Comitê de Participação de Adolescentes Rayssa Rodrigues também defendeu a educação sexual como a melhor forma de proteger crianças e adolescentes contra abusos. “Muitas crianças e adolescente não têm consciência do que é o abuso ou a exploração sexual. Ou, às vezes sabe, mas não sabe como denunciar. A verdade é que a falta de informação é uma violência.”

A deputada Laura Carneiro, outra autora do pedido para realização da sessão, considera a prevenção fundamental. Ela lembrou que o abuso sexual tem efeitos psicológicos terríveis para a criança, como estresse pós-traumático, medo e rejeição. “E se o crime for silenciado, poderá fazer com que a vítima se torne um adulto com quadro de transtorno mental”, acrescentou.

Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Deputada Laura Carneiro fala ao microfone
Laura Carneiro: a prevenção é fundamental

Subnotificação do abuso
Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública apontam que, a cada hora, quatro meninas de até 13 anos são estupradas no Brasil. A maior parte delas tem até cinco anos de idade.

Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 320 crianças e adolescentes são explorados por dia no País.

Ana Paula Lima afirma que a realidade pode ser ainda pior. Isso porque dados da OMS também apontam que apenas 7 em cada 100 casos de exploração sexual são denunciados no Brasil. No caso do abuso sexual, ocorreria uma denúncia a cada dez casos.

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Dentre as explicações para essa subnotificação, de acordo com a deputada, há vários fatores. Um deles, a idade das vítimas, que muitas vezes são tão pequenas que não compreendem o que está acontecendo. E, quando já compreendem a situação, quase sempre sentem vergonha de falar a respeito porque os abusadores são pessoas com quem convivem dentro de casa.

A data
A sessão solene na Câmara faz parte de uma semana de conscientização realizada em virtude do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

A data foi criada pela  Lei 9970/00, que teve origem em projeto da Câmara dos Deputados, e é uma homenagem à em memória da menina Araceli Crespo, sequestrada, drogada, espancada, estuprada e morta em 1973. Os responsáveis pelo crime nunca foram punidos.

Reportagem – Maria Neves
Edição – Natalia Doederlein

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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