Search
Close this search box.
CUIABÁ

POLITÍCA NACIONAL

Equipes de trabalho se unem para recuperar a Câmara dos Deputados após depredação

Publicados

POLITÍCA NACIONAL

No dia 8 de janeiro, uma multidão de radicais inconformados com os resultados da eleição para presidente da República invadiu e depredou as sedes dos três Poderes, em Brasília. Durante o ataque, os policiais legislativos impediram que a Câmara dos Deputados fosse tomada, e os brigadistas civis contiveram os focos de incêndio, evitando a destruição do prédio. No dia seguinte, várias equipes, cada uma na sua área, se uniram num esforço concentrado para consertar os danos.

Na segunda-feira pela manhã, começou o trabalho das equipes encarregadas de limpar e consertar a destruição deixada pelos vândalos. Também foram limpas e estão sendo restauradas as obras do acervo da Câmara que sofreram danos e são passíveis de recuperação – algumas foram completamente destruídas.

“Já no dia seguinte, a nossa equipe, do serviço de obras, entrou, acabando de quebrar os vidros, porque tinha muito estilhaço, vidro ainda no caixilho, e oferece risco de cair, machucar alguém. Então no dia seguinte essa equipe entrou, quebrando os vidros, com o auxílio da equipe de limpeza, profissionais da equipe de limpeza, foram retirando todo esse material daqui”, disse Ricardo André, diretor da Coordenação de Projetos de Arquitetura.

Marisa Seixas Prata, diretora da Coordenação de Edifícios, falou sobre a prioridade imediata: “Qual a área mais urgente pra você preparar primeiro? O Plenário. Então, faz a perícia no plenário. Estávamos todos ali, lá no corredor da 1ª Vice-Presidência até o PMDB. Tinha um efetivo absurdo de pessoas, todas com todos os equipamentos necessários pra gente entrar. Equipes de limpeza, carregadores, todo mundo ali. Foi pra lá pra dentro do Plenário com um efetivo, um encarregado geral e equipe de limpeza, assim como o pessoal de obras, porque tinha vidro no chão que precisava ser aspirado.”

Leia Também:  Câmara pode votar nesta quarta-feira MP que reestrutura ministérios

Proteger o Plenário foi também a prioridade dos agentes do Departamento de Polícia Legislativa, o Depol, como mostram novas imagens das câmeras de segurança que foram divulgadas. Em minoria diante da grande quantidade de invasores, as equipes do Depol que faziam a segurança dos vários prédios da Câmara se concentraram na defesa desse espaço, como conta o encarregado do policiamento no dia da depredação.

Adilson Paz, responsável pela segurança da Casa no domingo, explicou: “O protocolo das nossas atividades aqui da Polícia Legislativa é sempre blindar o ponto mais importante da Casa, a área mais importante, que é o Plenário, o símbolo da nossa democracia”.

Outra ação fundamental foi dos brigadistas civis, que apagaram vários focos de incêndio e evitaram que o fogo se alastrasse. “Nossa preocupação também justamente os pontos onde eles estavam tentando atear fogo. A gente teve alguns pontos aqui do Salão Verde, ali nas lideranças do PT e do PSDB, também tentaram atear fogo lá e a nossa central, de uma forma muito eficiente, com a brigada, conseguiram detectar esses pontos dos focos de incêndio, pra gente poder conter esses focos de incêndio, pra que realmente o fogo não se alastrasse”, disse Adilson.

Leia Também:  Comissão debate fiscalização do contrato de duplicação da BR-101 no ES

Ao final, o trabalho das várias equipes permitiu que o Plenário fosse entregue a tempo para os deputados votarem, ainda na segunda à noite, o decreto do governo federal determinando intervenção na segurança pública do Distrito Federal.

Mas os colaboradores ainda têm um longo trabalho pela frente para consertar todos os estragos e permitir o retorno das atividades rotineiras da Casa.

“A gente conseguiu evitar que ocorresse uma tragédia maior”, avaliou Adilson. Ricardo André concorda: “No todo, acho que foi uma vitória que nós tivemos, pra poder voltar ao funcionamento normal”.

“Espero que em breve a gente consiga retornar com a visitação. Para garantir os turistas que vêm aqui, a gente também tem que apresentar um lugar seguro e tranquilo pra todos”, acrescenta Marisa Seixas.

Reportagem – Dourivan Lima
Edição – Wilson Silveira

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

Publicados

em

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

Leia Também:  Câmara pode votar nesta quinta-feira projeto que libera recursos para piso da enfermagem

 

Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

Leia Também:  Deputados analisam MP que amplia prazo das linhas de crédito do Pronampe; acompanhe

E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA