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Especialistas discordam sobre nível de dificuldade do exame Revalida

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Representantes de órgãos e entidades da saúde se reuniram nesta terça-feira (12) para discutir a baixa taxa de aprovação no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) em 2022. O debate foi realizado em audiência pública promovida pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.

A taxa de aprovação do último Revalida, realizado no segundo semestre de 2022, foi de apenas 3,75%, considerada a menor em toda a história do exame. Cerca de 96% dos candidatos que efetuaram a prova reprovaram na primeira ou segunda etapa, não conseguindo validar os diplomas estrangeiros no Brasil. Os resultados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

O Revalida foi criado pelo Inep em 2011. Os brasileiros ou estrangeiros formados no exterior devem enfrentar duas etapas para, assim, conseguir revalidar o diploma adquirido fora do País e trabalhar no Brasil. Eles não podem solicitar o registro nos conselhos de medicina brasileiros sem a aprovação no exame.

Dificuldade
O coordenador-geral de Gestão da Educação em Saúde do Ministério da Educação, Francisco de Assis, considera complexa a questão da reavaliação dos diplomas. Ele disse que espera conseguir aprimorar o sistema do exame. “E talvez permitir uma facilitação, principalmente na segunda etapa da prova, que é muito complexa”, completou.

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Para conseguir aprovação no exame, é preciso acertar uma pontuação de quase 65% em toda a prova. A presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup), Elizabeth Guedes, disse que, ao conseguir a classificação, o médico que sabe pouco mais da metade que ele deveria saber ainda consegue o diploma. “E tem pessoas dizendo que a prova é feita para não ser aprovada. Ora, uma prova que aprova com 65%, que é o mínimo que exige, não é difícil”, opinou.

Investimento
A presidente da Anup informou que 94,7% dos diplomas do Revalida são originados da Bolívia, Paraguai, Cuba e Argentina. Porém, 81% desses alunos são brasileiros. “Os nossos alunos estão indo para a fronteira estudar Medicina. Ou porque não possuem recursos financeiros para isso ou porque não conseguem ser aprovados nos vestibulares da escola de Medicina no Brasil”, disse.

O deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), autor do requerimento para a realização da audiência pública, questionou a falta de investimento no ensino brasileiro, afirmando que o País precisa criar um ambiente para que o ensino público possa ter “capacidade e autonomia financeira para gerar os seus recursos e captá-los”.

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Francisco de Assis compartilhou da mesma opinião, informando que as universidades do exterior não vivem apenas das mensalidades dos alunos, pois é “irreal” a mensalidade cobrir o custo operacional de uma universidade de pesquisa.

Reportagem – Joana Lacerda
Edição – Ana Chalub

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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