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POLITÍCA NACIONAL

Frente parlamentar quer fazer avançar iniciativas pelo desenvolvimento de cidades inteligentes no Brasil

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Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Discussão e votação de propostas. Dep. Marcelo Ramos PSD - AM
Marcelo Ramos: “Uma cidade inteligente é uma cidade mais eficiente”

Desde o dia 24 de março, uma nova frente parlamentar mista luta pelo desenvolvimento de cidades inteligentes, um conceito relativamente novo que define a cidade como um espaço urbano orientado para o desenvolvimento econômico sustentável e o uso de tecnologias para conectar serviços que elevem a qualidade de vida dos moradores.

A frente é coordenada pelo vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos (PSD-AM), que explica que o termo “cidade inteligente” remete a tecnologia, mas não é apenas isso. Uma cidade inteligente diminui a necessidade de deslocamento das pessoas para obter um serviço.

“Quando você organiza a cidade de tal modo que as pessoas têm próximos à sua moradia todos os serviços de que ela precisa, você economiza o deslocamento, economiza no sistema de transportes coletivo, economiza combustível, emite menos gás carbônico”, disse. Para Ramos, uma cidade inteligente é uma cidade mais eficiente, que é capaz de “prestar melhores serviços a um custo menor porque ela facilita a vida das pessoas com inteligência.”

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Parcerias
A finalidade da frente parlamentar é reunir deputados, senadores e instituições públicas e privadas na missão de promover avanços sociais e de cidadania a partir de soluções tecnológicas e inovadoras. Por isso, o coordenador da frente parlamentar explica que não é possível abrir mão da tecnologia. O desafio, aí, passa a ser outro, que se torna viável com o reforço das parcerias público-privadas.

“Não adianta nada eu criar um novo mecanismo de controle do sistema de transporte coletivo que permita que o cidadão saiba por aplicativo de celular a hora que o ônibus dele vai passar se a população mais humilde não tem condições de comprar um smartphone”, afirmou.

Para o deputado, é preciso “linkar” dentro da parceria público-privada ações de espaços compartilhados de acesso digital ou mesmo ações de inclusão digital para as comunidades mais carentes.

Uma das palavras de ordem de uma cidade inteligente, disse Marcelo Ramos, é sustentabilidade. Em todos os sentidos, inclusive a sustentabilidade econômica, mas também a ambiental.

“Não existe cidade inteligente que polui muito, que emite muito CO2. Nós temos dois desafios para o futuro do Brasil e da Humanidade. O primeiro é entregar às próximas gerações um planeta habitável. Não podemos brincar com essa questão de emissão de gás de efeito estufa. E a segunda é perceber que a redução de emissões é hoje um instrumento econômico poderosíssimo que pode gerar riqueza, que pode combater a pobreza em vários estados da federação na medida em que a gente regulamentar o mercado de crédito de carbono no Brasil.”

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Marco regulatório
Uma das primeiras missões da frente parlamentar é fazer avançar a atualização de marcos regulatórios e a instituição da Política Nacional de Cidades Inteligentes, prevista em um projeto apresentado em 2021 (PL 976/21). A PNCI define os princípios gerais e objetivos que deverão ser seguidos pelos municípios, responsáveis constitucionais pela política urbana. A proposta prevê apoio federal na implantação das medidas, com a criação de um fundo de financiamento.

Reportagem – Luiz Cláudio Canuto
Edição – Roberto Seabra

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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