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Frente Parlamentar vai lutar pela garantia de recursos mínimos para a assistência social

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POLITÍCA NACIONAL

Com a presença do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, foi lançada na Câmara dos Deputados a Frente SUAS, Frente Parlamentar em Defesa do Sistema Único de Assistência Social. Uma das principais demandas da frente é a votação da chamada PEC do SUAS, que garante recursos para o financiamento mínimo do setor.

A proposta de emenda à Constituição pode ser votada em plenário desde abril de 2022. O texto garante no mínimo 1% da receita corrente líquida para a assistência social. A PEC, relatada pelo deputado André Figueiredo (PDT-CE), é fundamental, segundo a integrante do Congemas, Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social, Magali Basile. Ela explica que muitos municípios não têm condições de manter o básico em assistência social, principalmente após a pandemia.

“Nós temos no país o maior sistema de proteção social do mundo. O nosso país é exemplo para o resto do planeta no sistema de proteção. E nós não temos uma vinculação orçamentária para garantir a execução dessa política pública. 1% do orçamento, 1% da renda líquida, que é praticamente nada, porém esse 1% vai garantir dignidade aos nossos serviços, aos nossos trabalhadores, aos nossos usuários, a continuidade dos nossos serviços”, observou.

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Mobilização nacional
Magali Basile explicou que o Congemas passou seis anos fazendo campanha pelo surgimento da proposta, apresentada em 2017 pelo ex-deputado Danilo Cabral (PE). A presidente do Fórum Nacional de Secretários Nacionais de Assistência Social, Cíntia Grilo, mandou uma mensagem aos deputados federais.

“Se é por falta de mobilização, nós temos possibilidade de trazer pelo menos 511 mil trabalhadores do SUAS deste país que pedem a aprovação desta PEC. Não é possível que tenhamos que lutar por aquelas pessoas que mais demandam atenção do estado e não temos garantia de orçamento para minimamente continuar um planejamento”, afirmou.

Na opinião da presidente do Conselho Nacional de Assistência Social, Margareth Dallaruvera, sem financiamento, não se faz política pública e o SUAS faz parte do tripé da seguridade social.

Governo federal
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, afirmou no lançamento da frente parlamentar que o presidente Lula tem voltado sua atenção para o fortalecimento do SUAS porque é necessário fortalecer os serviços socio-assistenciais que atendem a dezenas de milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade.

“Sim, a gente precisa ter um dinheiro garantido todo mês, todo ano, que não seja, como diria o ex-ministro Magri, imexível, para o SUAS. Há necessidade de se ter aqui um entendimento. Acho que o parâmetro já existe. A PEC 383 pode ser uma referência para a gente tratar esse entendimento. Eu quero apenas externar que é um dos melhores momentos para a gente tratar”, disse Dias.

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Retomada
A iniciativa da frente parlamentar é do deputado federal Márcio Honaiser (PDT-MA). Coordenador da frente, ele acha que o colegiado pode significar a retomada do SUAS.

“Digo ‘retomada’ porque, recentemente, vimos o Orçamento e a atenção ao SUAS diminuir ano após ano. Justamente quando ele foi mais necessário em um dos momentos mais frágeis de nossa história, a pandemia da Covid-19, que, entre tantas consequências, aprofundou as desigualdades sociais e agravou a miséria e a fome. Sempre digo que, depois dos profissionais da saúde, a quem sempre devemos reconhecer, a assistência social, os profissionais do SUAS também salvaram vidas”, observou o deputado.

A proposta prevê também que os orçamentos estaduais e municipais destinem, no mínimo, 1% das receitas correntes líquidas para financiar a assistência social. A frente parlamentar SUAS tem 212 deputados.

Reportagem – Luiz Cláudio Canuto
Edição – Roberto Seabra

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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