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Lira apoia transformação do Auxílio Brasil em programa permanente

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Paulo Sergio/Câmara dos Deputados
Discussão e votação de propostas. Dep. Arthur Lira PP-AL
Arthur Lira, presidente da Câmara

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que apoia a transformação do Auxílio Brasil em um programa permanente. A mudança pode ser aprovada nesta quinta-feira (2) pelo Senado, durante a votação da PEC dos Precatórios (Proposta de Emenda à Constituição 23/2021), que deve depois voltar para análise da Câmara dos Deputados.

Lira também se manifestou favoravelmente à sugestão do Senado de criar uma comissão permanente de avaliação e gestão dos precatórios. “As duas propostas, se vierem, serão muito bem-vindas. O programa permanente tem apoio da Câmara, sempre teve, sempre buscamos isso”, afirmou. A declaração foi feita em entrevista à GloboNews.

Ele lembrou que a Câmara dos Deputados só não tornou o programa permanente por causa da falta de uma fonte orçamentária, que viria da reforma do Imposto de Renda (PL 2337/21), ainda em votação no Senado. “Como não votou, não tem a fonte orçamentária para criar o programa fixo e temos o temporário. Se o Senado decidir na PEC dos Precatórios que o auxílio será permanente e apontar a fonte, a Câmara votará com tranquilidade”, afirmou.

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A PEC dos Precatórios poderá abrir mais recursos para o Auxílio Brasil, ao limitar o pagamento de despesas judiciais e mudar o cálculo do teto de gastos.

Arthur Lira ainda espera que a comissão sugerida pelo Senado dê maior clareza sobre os precatórios para entender o problema que, na sua avaliação, “não é normal”. “Ninguém sabe quanto é. Um dia falam que é R$ 3 trilhões, outro dia falam que é R$ 4 trilhões. De onde é que vem, como é que nascem, como crescem, o que está por trás disso?”, questionou. “Precatório só existe no Brasil, porque em todo lugar você tem um débito e paga. Aqui você escalona o débito e depois ele vai lhe consumindo”, disse.

Pandemia e reformas
O presidente da Câmara destacou a importância do auxílio para combater os efeitos da crise provocada pela pandemia de Covid-19. “O governo veio com o socorro para 20 milhões de famílias que passam fome, que estão indo na lata do lixo para pegar ossos”, disse. “A pandemia machucou muito. Aqueles que estão lá embaixo precisam desse auxílio.”

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Lira voltou a defender a reforma do Imposto de Renda. “Quando você mexe no bolso, ninguém gosta. O projeto tem o conceito de diminuir a carga nas pessoas jurídicas e taxar quem recebe grandes fortunas no Brasil”, destacou.

“A gente está com um teto de gastos e não cumprimos o nosso dever, enquanto Brasil, de fazer todas as reformas. Quando se aprovou o teto de gastos, precisava da reforma trabalhista, previdenciária, tributária e administrativa. Fizemos duas e pedaços de outra. E elas estão em um caminho mais lento”, disse.

Reportagem – Francisco Brandão
Edição – Marcia Becker

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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