Search
Close this search box.
CUIABÁ

POLITÍCA NACIONAL

Norma sobre uso de máscara em áreas de aeroportos é questionada na Comissão de Turismo

Publicados

POLITÍCA NACIONAL

O uso de máscaras nos aeroportos brasileiros foi tema de debate em audiência pública da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados. O autor do pedido da reunião, deputado Bibo Nunes (PL-RS), não concorda com a obrigatoriedade do uso da máscara em determinadas áreas dos aeroportos e a liberação do uso em outras.

“Por que é que eu estou no aeroporto sem máscara o tempo inteiro, andando por restaurante, circulando em todo o aeroporto, que é um todo, sem máscara,  e depois que eu passo a esteira tenho que usar máscara? Aí, o pessoal ironiza, dizendo o seguinte: até aqui, não tem vírus; passou dali, tem vírus”, disse.

Billy Boss/Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Obrigatoriedade do uso de máscaras nos aeroportos e nas aeronaves. Dep. Bibo Nunes PL-RS
Bibo Nunes não concorda com a exigência da máscara nos aeroportos

A diretora-adjunta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Daniela Cerqueira, reconheceu que não há como fazer a distinção das áreas, mas afirmou que a agência se baseia em estudos científicos e ainda recomenda o uso de máscaras. Ela explicou que as autoridades de saúde dos governos locais são responsáveis legais por regulamentar o uso de máscara nas áreas públicas dos aeroportos, e a Anvisa, nas áreas restritas — daí a diferença de procedimento.

Leia Também:  Comissão aprova suspensão de regras da Receita sobre atribuição de responsabilidade tributária de terceiros

Daniela Cerqueira acrescentou que a agência recentemente flexibilizou algumas medidas e permitiu a retirada da máscara para alimentação durante os voos. Ela garantiu ainda que a Anvisa está atenta às mudanças de cenário em relação à pandemia, e que as normas tendem a ser atualizadas de acordo com esse cenário.

“A gente precisa saber se as outras flexibilizações irão trazer impactos em termos de saúde pública ou se a situação vai ser manter para que a gente possa fazer novas flexibilizações. São camadas de proteção, e a gente entende que a máscara, neste momento, ainda é uma camada de proteção necessária”, justificou.

Diretor-executivo da Associação Nacional das Empresas Administradoras de Aeroportos, Douglas Almeida argumentou que a barreira entre as áreas pública e restrita, na prática, não existe. E, por isso, pediu à Anvisa para revisar a norma e passar a recomendar o uso da máscara em vez de obrigar. Ele também reivindicou que as empresas administradoras passem apenas a informar e deixem de fiscalizar o uso de máscaras nos aeroportos.

“Supervisionar é, para nós, um grande desafio, porque envolve a gente abordar pessoas. Para nós, supervisionar, ir até um passageiro ou algo do gênero gera sempre um poder de polícia que nós não temos”, disse.

Leia Também:  Relatora antecipa para terça-feira apresentação de parecer sobre PEC do Piso da Enfermagem

A diretora da Anvisa considerou pertinentes as observações e garantiu que a Agência vai dar atenção e avaliar as sugestões apresentadas na audiência.

Novos casos
Ao final, o deputado Paulo Guedes (PT-MG) lembrou que a pandemia ainda não foi completamente superada, e é preciso ter cuidado, até porque há notícias de um aumento no número de casos nas últimas semanas no Brasil. O parlamentar afirmou ser favorável ao uso de máscaras.

“Eu sou a favor. Eu ainda estou preocupado com a pandemia. A gente tem visto, inclusive aqui na Casa, o aumento no número de casos. Esta semana, inclusive, foi uma semana de um aumento um pouco assustador”, alertou.

A imprensa tem noticiado um aumento significativo do número de casos em todo o País. A prefeitura da cidade e o governo do estado de São Paulo voltaram a recomendar o uso de máscaras em lugares fechados.

Desde o início da pandemia em 2020, o Brasil já registrou mais de 660 mil mortes por Covid-19.

Reportagem – Silvério Rios
Edição – Ana Chalub

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

MATO GROSSO

Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

Publicados

em

O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

Leia Também:  Comissão aprova suspensão de regras da Receita sobre atribuição de responsabilidade tributária de terceiros

Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

Leia Também:  Comissão aprova projeto que proíbe agências de emprego de cobrar taxas para cadastro de currículo

A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA