Search
Close this search box.
CUIABÁ

POLITÍCA NACIONAL

Parlamentares bolsonaristas criticam ação da PF contra acusados de envolvimento em atos antidemocráticos

Publicados

POLITÍCA NACIONAL

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Votação de projetos e vetos presidenciais.. Sen. Rodrigo Pacheco (PSD-MG)
A sessão do Congresso teve críticas à ação da PF e defesa do STF

Parlamentares aliados ao presidente Jair Bolsonaro aproveitaram a sessão do Congresso Nacional nesta quinta-feira (15) para criticar a ação da Polícia Federal contra pessoas acusadas de ligação com atos antidemocráticos iniciados após a vitória de Lula nas eleições presidenciais deste ano. A ação foi ordenada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

O deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), que já foi condenado pelo STF após ameaçar ministros da Corte em uma transmissão pela internet, defendeu o impeachment de Alexandre de Moraes. “Pessoas que não têm a prerrogativa de foro simplesmente estão sendo obstruídas no direito de ir e vir, no direito à liberdade de expressão, agora com as contas também bloqueadas e sendo perseguidas pelo Alexandre de Moraes”, disse.

Para o deputado Neucimar Fraga (PP-ES), a busca e apreensão dentro do Parlamento não deveria ser autorizada. “É preciso agir contra essas arbitrariedades que estão sendo cometidas contra o povo brasileiro, contra deputados e senadores”, disse. Entre os alvos da ação de hoje estão dois deputados estaduais do Espírito Santo, estado de Fraga: Carlos Von e Capitão Assumção.

Leia Também:  Projeto estende meia-entrada para estudantes de cursinhos e idiomas

Autor de um pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o Judiciário, o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) chamou o ministro Alexandre de Moraes de “fora da lei”. “Hoje, foram quase 100 operações de busca e apreensão, foram promovidos em série bloqueios de contas bancárias contra quem não tem prerrogativa de foro”, criticou.

Falando em nome da liderança do PL, o senador Carlos Portinho (RJ) criticou a ação de Judiciário, mas pediu diálogo entre as instituições. “É um dever nosso recuperar o nosso tamanho e abrir o canal de diálogo. O que este Congresso quer é diálogo, é retomar o equilíbrio das Casas, é proteger a prerrogativa do Parlamentar, o direito de fala”, disse.

O deputado Sanderson (PL-RS) também criticou Moraes. “Estamos preocupados com o avanço autoritário de um ministro do STF”, disse.

Em defesa do STF
Nesta quinta-feira, a Polícia Federal cumpriu mais de 100 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em outros oito estados. Os alvos são pessoas que estariam envolvidas na organização e no financiamento de manifestações antidemocráticas que bloquearam rodovias após a derrota de Jair Bolsonaro.

Leia Também:  Comissão aprova projeto que obriga escolas a garantir acessibilidade de conteúdo na internet

Além disso, Moraes determinou o bloqueio de mais de 150 perfis em redes sociais de pessoas ligadas aos atos golpistas. Segundo o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, nas operações policiais foram encontradas armas.

O deputado Ivan Valente (Psol-SP) cobrou justiça contra os organizadores dos atos. “Estivemos agora com o ministro Alexandre de Moraes em nome da Comissão de Fiscalização e Controle (da Câmara) e queremos parabenizá-lo pelas ações que estabilizam a democracia brasileira. É preciso colocar na cadeia todos que são coniventes com o atentado à democracia”, disse.

Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Roberto Seabra

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

Publicados

em

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

Leia Também:  Proposta susta decreto que reduziu cobrança de IPI em vários produtos

 

Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

Leia Também:  Comissão aprova projeto que obriga escolas a garantir acessibilidade de conteúdo na internet

E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA