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Projeto prevê interrupção imediata de cobrança de serviço não prestado sem motivo

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O Projeto de Lei 883/24 assegura ao consumidor a possibilidade de interromper imediatamente as cobranças automáticas de parcelas relacionadas a serviços suspensos por mais de cinco dias, especialmente nos casos em que estabelecimentos agem de má-fé.

A proposta, do deputado Lázaro Botelho (PP-TO), tramita na Câmara dos Deputados e acrescenta a medida ao Código de Defesa do Consumidor.

Como proceder
Para suspender essas cobranças, o consumidor deverá notificar o fornecedor do serviço sobre a interrupção. O banco que operacionaliza a cobrança, por sua vez, deverá bloquear imediatamente os débitos automáticos relativos ao contrato, assim que o consumidor solicitar.

O banco notificará o fornecedor do serviço sobre a suspensão da cobrança em até 24 horas. Fica assegurado ao fornecedor o débito do valor proporcional devido no período.

Problemas frequentes
Lázaro Botelho lembra que os contratos de prestação de serviço na modalidade de plano e assinatura, com débitos automáticos, têm se tornado cada vez mais comuns, mas muitas vezes se tornam um problema para os consumidores.

“Um exemplo são academias que encerram suas atividades sem aviso prévio, mas as mensalidades continuam sendo debitadas no cartão de crédito do consumidor, que se vê compelido ao pagamento de valores correspondentes a serviços não mais prestados”, observa o deputado.

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“Em outras situações, alguns fornecedores transformam o procedimento para cancelamento em uma tarefa extenuante e complexa, dificultando a interrupção dos pagamentos automáticos”, acrescenta Botelho.

Código Civil
Segundo o parlamentar, a iniciativa alinha-se ao Código Civil ao instituir, de forma expressa, uma disposição legal ajustada à resolução unilateral em caso de descumprimento imotivado do fornecedor do serviço, abrangendo a situação específica desses contratos de consumo.

Próximos passos
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Defesa do Consumidor; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, sem precisar passar pelo Plenário.

Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Natalia Doederlein

Fonte: Câmara dos Deputados

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MATO GROSSO

Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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