Search
Close this search box.
CUIABÁ

POLITÍCA NACIONAL

Projeto prevê recursos para o SUS e correção periódica dos valores pagos

Publicados

POLITÍCA NACIONAL

Wesley Amaral/Câmara dos Deputados
Deputado Nereu Crispim discursa no Plenário da Câmara
O autor da proposta, deputado Nereu Crispim

O Projeto de Lei Complementar (PLP) 95/22 estabelece normas gerais para o financiamento tripartite e para a revisão periódica dos valores destinados a ações e serviços de saúde de média e alta complexidade no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). O texto está em análise na Câmara dos Deputados.

“Essa proposta é um reconhecimento à atuação das santas casas e dos hospitais filantrópicos, que correspondem a mais de 50% de todos os atendimentos do SUS”, disse o autor da proposta, deputado Nereu Crispim (PSD-RS). “A eventual falência deles levaria ao colapso do sistema de saúde no País”, continuou.

“Desde a implantação do SUS, hospitais e entidades filantrópicos vêm sofrendo progressivo endividamento, o que afeta sobremaneira a prestação dos serviços de saúde”, observou ainda Nereu Crispim. “Atrelados à saúde pública por força constitucional, dependem da vontade política para aumentar os recursos”, disse.

Conforme o texto, as medidas visam garantir contratos e convênios da União com pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos participantes do SUS – em geral, hospitais e entidades beneficentes, filantrópicos ou universitários. Estados, Distrito Federal e municípios poderão ainda elaborar normas complementares.

Leia Também:  Comissão de Segurança Pública da Câmara vai ouvir quatro ministros em abril

Como fonte de recursos para revisão periódica da tabela do SUS, a proposta prevê a revogação de renúncias fiscais sobre exploração e produção de petróleo (Lei 13.586/17) e em investimentos de brasileiros no exterior (Lei 9.481/97), a fim de assegurar o repasse de, pelo menos, R$ 10 bilhões anuais extras para o Fundo Nacional de Saúde (FNS).

O projeto de lei institui ainda linha de crédito oficial para hospitais e entidades; prevê desonerações e anistias tributárias; cria fundo garantidor de recursos para cobrir passivos, déficits e investimentos do setor; e sugere o repasse ao FNS do produto das indenizações por danos coletivos resultantes de ações civis públicas.

Segundo a Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), desde o Plano Real, em 1994, a tabela do SUS foi corrigida em quase 94%, e a inflação (INPC) superou 636%. “São R$ 10,9 bilhões por ano de desequilíbrio financeiro”, disse o presidente da CMB, Mirocles Véras, em recente artigo veiculado na mídia.

Tramitação
O projeto será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois seguirá para o Plenário.

Leia Também:  Proposta prevê "botão de pânico" nos veículos de transporte público

Reportagem – Ralph Machado
Edição – Natalia Doederlein

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

MATO GROSSO

Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

Publicados

em

O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

Leia Também:  Projeto prevê inclusão de painéis solares na relação de equipamentos do SUS

Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

Leia Também:  ONG alerta sobre subnotificação e pede amplo combate ao casamento infantil no Brasil

A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA