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Projeto traz regras sobre cibersegurança na prestação de serviços

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POLITÍCA NACIONAL

O Projeto de Lei 428/24 traz regras sobre cibersegurança na prestação de serviços e atividades econômicas que empreguem sistemas de informação. Atualmente, uma imensa gama de serviços usa sistema de informação, desde bancos a farmácias.

O texto define como ameaça de cibersegurança a ocorrência não autorizada com riscos à confidencialidade, integridade de sistemas de informação e incidente de cibersegurança. O texto inclui as definições e regras no Marco Civil da Internet.

Segundo o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), autor da proposta, a preocupação com as ameaças e incidentes de cibersegurança é um tema global. “A necessidade de medidas para garantir a segurança dos sistemas de informação vem merecendo a atenção dos governos e adoção de novas leis que ampliem a responsabilização dos agentes de mercado diante de clientes e usuários”, afirmou.

Órgão regulador
A proposta obriga empresas, cooperativas e entidade que preste serviço ao público e use sistema de informação a submeter ao respectivo órgão regulador e fiscalizador informe sobre avaliação e gestão dos riscos de ameaças de cibersegurança.

O órgão regulador vai depender da área de atuação do empreendimento – agências reguladoras, Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Superintendência de Seguros Privados (Susep) ou Banco Central, conforme o caso.

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Mercado e bancos
Os agentes de mercado também devem avisar sobre qualquer incidente ou ameaça de cibersegurança, detalhando a natureza, o alcance e a cronologia do ocorrido.

Para quem atua em áreas sensíveis como serviços bancários ou financeiros, seguros, valores mobiliários, há a orientação extra de informar sobre auditorias realizadas ou em andamento para garantir a proteção dos ativos de seus clientes.

Publicidade e responsabilidade
Caberá ao órgão regulador e fiscalizador avaliar a conveniência e a oportunidade de divulgar incidentes ou ameaças ao público, considerando fatores como impactos econômicos no setor e risco para a segurança nacional.

O órgão também vai apurar a responsabilidade do agente de mercado sobre os incidentes de cibersegurança e aplicará as sanções cabíveis.

“Essas medidas visam trazer ao debate a necessidade de uma proteção mais firme e sólida da segurança cibernética, com amparo legal, e que ultrapasse a lógica de ‘chorar sobre o leite derramado’”, disse Zarattini.

Custos dos ataques cibernéticos
Segundo a IBM, empresa de tecnologia da informação, o custo médio global de uma violação de dados em 2023 foi de US$ 4,45 milhões. Além disso, 51% das organizações planejavam aumentar os investimentos em segurança por conta de violações sofridas.

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O Brasil é o país latino-americano que mais sofre com ataques cibernéticos, de acordo com dados da Febrabantech, evento de tecnologia de informação do setor financeiro. Foram 23 bilhões de tentativas de ataques, só 1º semestre de 2023.

Próximos passos
A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Indústria, Comércio e Serviços; de Comunicação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Natalia Doederlein

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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