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Relator defende plebiscito sobre a adoção do semipresidencialismo no Brasil

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POLITÍCA NACIONAL

Raisa Mesquita/Câmara dos Deputados
Discussão e votação do Relatório. Dep. Samuel Moreira PSDB-SP; Dep. Silvio Costa Filho REPUBLICANOS - PE
Samuel Moreira (C): ideia é adotar esse sistema de governo a partir das eleições de 2030

O relator do grupo de trabalho da Câmara dos Deputados que analisa a adoção do semipresidencialismo no Brasil, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), defendeu uma consulta popular prévia sobre a mudança do sistema de governo. O relatório foi apresentado nesta quarta-feira (6), mas um pedido de vista coletivo adiou a votação da matéria para a próxima terça-feira (12).

Em seu parecer, Moreira foi favorável à realização de plebiscito que será convocado por decreto legislativo. Pelo texto, caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nos seis meses que antecederem a consulta, fazer a divulgação nos veículos de comunicação dos principais pontos do sistema semipresidencialista: eleição popular do presidente, primeiro-ministro com apoio de maioria parlamentar e distinção entre chefia de Estado e de governo.

O relator afirmou que, apesar de a Constituição não prever necessidade de respaldo popular, a consulta pode trazer mais esclarecimento e legitimidade ao processo. Ele ressaltou, porém, que a competência para propor a alteração é do Congresso Nacional, por meio de proposta de emenda à Constituição (PEC).

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Reflexão popular
“Os processos decisórios em que a população é chamada a se manifestar diretamente não se destinam apenas a produzir e legitimar a decisão final. Eles cumprem também o papel de estimular e informar a reflexão popular sobre temas de envergadura e relevância política e social”, defendeu. Segundo ele, a ideia é adotar esse sistema de governo a partir das eleições de 2030.

Pelo parecer, os eleitores serão convocados a responder, sim ou não, à seguinte questão: O Brasil deve adotar o sistema de governo semipresidencialista, em que o presidente da República é eleito diretamente pelo povo e indica o nome de um primeiro-ministro para a aprovação do Congresso Nacional?

O deputado Enrico Misasi (MDB-SP) chamou a atenção para a “maturidade” alcançada pelo grupo de trabalho ao reconhecer a diferença entre necessidade constitucional e conveniência política. “Há um consenso de que o plebiscito não é juridicamente necessário, embora seja conveniente do ponto de vista político, inclusive para batizar de legitimidade popular uma alteração no sistema que é algo central na democracia”, disse.

Críticas
Já para o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), a realização de plebiscito é “contraproducente”. “O texto constitucional e o próprio humor da população variam, então o argumento de que já houve um plebiscito no passado não nos condena a tê-lo como um sistema vigente para sempre”, defendeu.

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Na mesma linha, a deputada Margarete Coelho (PP-PI) ponderou que “plebiscito e referendo são formas muito bem-vindas de prestigiar a democracia direta”. Mas ela fez a ressalva de que, “partindo de um texto posto, talvez o debate fique ainda mais orientado”. Ela considerou oportuno discutir o sistema de governo neste momento político.

Reportagem – Emanuelle Brasil
Edição – Roberto Seabra

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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