POLITÍCA NACIONAL
Simone Tebet prevê inauguração de rotas para a integração sul-americana
POLITÍCA NACIONAL
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, anunciou avanços na implantação das chamadas “rotas bioceânicas”, que ligam o Atlântico e o Pacífico e reforçam o processo de integração sul-americana. Tebet participou do 1° Fórum de Deputados Estaduais da Amazônia Legal, realizado na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (18).
Estão previstas cinco rotas de integração: Ilha das Guianas, Amazônica e Quadrante Rondon, que abrangem áreas da Amazônia Legal; além de Bioceânica de Capricórnio e Porto Alegre-Coquimbo, no centro-sul do País.
Há um conjunto de obras rodoviárias, hidroviárias, aeroportuárias, infoviárias, ferroviárias e de linhas de transmissão de energia incluídas no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC). Segundo Tebet, as rotas ganharam novo impulso a partir do envolvimento de 12 ministérios, em maio. “Nós temos condições de inaugurar três das cinco rotas até o final de 2026″, disse.
Simone Tebet avalia que a Rota Amazônica é a “mais ecológica” e deve ser a primeira a ser inaugurada. Há avanços também na Rota do Quadrante Rondon, com exceção de uma ponte entre Brasil e Bolívia, em Rondônia. O financiamento de 10 bilhões de dólares vem de bancos e fundos regionais (BID, CAF e FONPLATA), incluindo 3 bilhões de dólares do BNDES para projetos de estados e municípios brasileiros em região de fronteira.
Com as rotas bioceânicas, o governo espera reduzir a distância e o tempo de viagem até a Ásia, principal destino das exportações brasileiras, além de aumentar a competitividade dos produtos brasileiros e sul-americanos e ampliar intercâmbios com os países vizinhos. “Nós estamos falando de emprego, renda, comércio exterior, exportação e importação de produtos e de levar a indústria que não polui – principalmente a agroindústria – para cada uma dessas regiões”, ressaltou Tebet.
O ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, também apresentou uma série de investimentos na Amazônia Legal, sobretudo em saneamento ambiental (R$ 5,3 bilhões), mobilidade urbana (R$ 3,6 bilhões), desenvolvimento urbano (R$ 561 milhões).

Habitação
Quanto ao programa Minha Casa, Minha Vida, Jader cobrou a apresentação de projetos por parte dos governantes regionais para ampliar a liberação de recursos federais. “Saiu recurso da região Norte para as outras regiões do País porque não houve projetos. A única região que ainda está com esse problema é a região Norte. Os governos estaduais e as prefeituras precisam fazer benefícios cruzados com o governo federal para que a gente possa ampliar o processo de contratação”.
Mesmo assim, o ministro contabilizou R$ 6,1 bilhões de reais no financiamento de 35 mil unidades habitacionais na Amazônia Legal, desde o ano passado.
O coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Regularização Fundiária, deputado Lucio Mosquini (MDB-RO), chamou a atenção para outro entrave no desenvolvimento regional: o baixo percentual de propriedades devidamente registradas no o Cadastro Ambiental Rural (CAR). “É escandaloso: 70% (das propriedades) do Acre não têm documento; em Rondônia, temos só 14% do estado documentado; em Roraima, tem 35%; no Pará, só 10,75%; e no Tocantins, 11,31%. Esses números aqui mostram o quanto nós estamos atrasados. São Paulo tem 97% (de propriedade) documentada e o Paraná tem 98%. Nós precisamos acordar para a regularização fundiária. Não tem outro caminho”.
Segundo Mosquini, a falta de regularização dos imóveis rurais impede o acesso a financiamento e traz riscos de embargos a produtos da região.
O presidente do Parlamento Amazônico, Laerte Gomes, que é deputado estadual em Rondônia, reforçou a busca de soluções conjuntas para superar os problemas regionais. “A solução da Amazônia tem que vir da Amazônia. A gente quer avançar nesses temas em parceria com o Congresso Nacional e com o governo federal”.
Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Geórgia Moraes
Fonte: Câmara dos Deputados


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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