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Desenvolvimento sustentável do Pantanal é tema de webinário com especialistas no bioma
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Segundo o juiz organizador, as duas pesquisadoras foram convidadas para que pudessem colaborar no fomento de novas ideias e no aprofundamento dessa temática. “Temos que pensar o hoje com um olhar para o futuro, sob pena de todo esse bioma, toda essa diversidade, se perder com as nossas omissões. E as autoridades têm o dever de zelar sobre isso. Esperamos ter um bom retorno com esse webinário e quiçá fazer novas provocações nesse sentido”, pontou o juiz José Antonio Filho.
“Precisamos fomentar ações para que possamos levar às autoridades, aos políticos, a visão de um Pantanal diferente, um Pantanal sustentável, de um bioma preservado, com regras e definições, e, principalmente, que a nossa legislação em Mato Grosso coincida com a legislação do Mato Grosso do Sul”, complementou.
A primeira palestra foi proferida pela professora doutora Giseli Dalla Nora, que é pesquisadora do grupo de Pesquisas em Geografia Agrária e Conservação da Biodiversidade – GECA. Ela explicou o funcionamento do Pantanal e destacou as pessoas que vivem no local, enfatizando o que pode ser feito para manter o bioma preservado para as futuras gerações. Na conversa, abordou alternativas para o desenvolvimento e a importância das comunidades tradicionais na conservação do Pantanal.
Segundo ela, é preciso buscar mais diálogo, a fim de que mais pessoas possam conhecer melhor o Pantanal e, dessa forma, respeitá-lo. “Esse ‘pensar Pantanal’ significa pensar a própria sobrevivência humana. Quando a gente conserva as águas do Pantanal, a biodiversidade, estamos conservando a nossa própria existência. Porque somos um sistema integrado, somos uma sociedade que se relaciona com a natureza e precisamos que essa relação seja, no mínimo, equilibrada. Uma relação onde a gente consiga usar a natureza e ela consiga continuar a se desenvolver de modo natural. Que nosso impacto na natureza seja o menor possível”, observou.
Durante a palestra, Giseli discorreu sobre a vulnerabilidade do bioma, que está ligada diretamente às atividades econômicas que interferem no local, como, por exemplo, as atividades que exigem drenagem das áreas para o plantio. Outras preocupações listadas pela pesquisadora são os tipos de produtos químicos que estão sendo usados no Pantanal, a retirada da vegetação, o manejo da pecuária tradicional e a utilização do fogo. Também ressaltou a importância do uso consciente do fogo para a diminuição dos incêndios florestais que ficam sem controle e colocam em risco toda a biodiversidade.
Na sequência, a doutora Catia Urbanetz, que atua como pesquisadora na Embrapa Pantanal, em Corumbá – MS, na área de Uso Sustentável e Conservação da Biodiversidade e de Recursos Genéticos da Flora, falou sobre o tema “Pesquisa e Inovação na busca pelo desenvolvimento Sustentável do Pantanal”.
Na oportunidade, a especialista, que é coordenadora do Projeto Biomas no Pantanal pela Embrapa, na área de restauração ecológica com espécies nativas e uso de recursos madeireiros e não madeireiros, explicou porque o Pantanal é uma região com aptidão natural para a pecuária, abordou aspectos legais e alternativas sobre sustentabilidade para a pecuária – ou seja, como promover fazendas sustentáveis – e discorreu sobre a pesca na bacia do Alto Paraguai.
A iniciativa contou com organização da Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT) e parceria da Justiça Comunitária, Universidade Federal de Mato Grosso e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Descrição das imagens: Foto1 – Print de tela da transmissão do webinário. Imagem do juiz José Antonio Bezerra Filho, de óculos e terno e gravata azul, e da palestrante Giseli Nora, de blusa preta. Foto 2 – Print de tela da transmissão do webinário. Imagem da palestrante Catia Urbanetz de blusa branca.
Lígia Saito
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br
Fonte: Tribunal de Justiça de MT
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VÍDEO: Segundo a Guarda Municipal, enquanto passava mal, a vítima estacionou o carro, mas permaneceu com o pé no acelerador, que fez com que o veículo pegasse fogo.
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